quarta-feira, 14 de março de 2012

Vida boa de estudante, principalmente na escola pública

“Que saco! Tenho que levantar bem cedo para ir para aquela porcaria de escola! Poderia estar dormindo!” Quantos de nós, estudantes, principalmente de escolas públicas, pensamos assim? Quantos queriam descobrir quem “inventou” a escola para condená-lo à forca, ou a morrer cheio de tiros de fuzil? Muitos! Mas, quem pensa que fazer isso seria uma ótima ideia, está cometendo um dos piores erros de sua vida.

Nós, estudantes de escolas estaduais, estamos, praticamente, no meio de uma “vida boa”. Caderninhos do aluno, materiais escolares, livros… Tudo o que temos direito, “de graça” (mesmo assim, nossos pais pagam essas coisas com os impostos, mas, antigamente não era assim). E, falando a verdade, não valorizamos! Quantos queriam estar ocupando o nosso lugar, simplesmente porque dão valor ao conhecimento? E quantos de nós não permitem que isso aconteça, graças ao seu total desinteresse pela escola e pela vida?

A educação deste pais, principalmente desse estado de São Paulo, está passando por uma crise muito grande. Ela precisa ser internada urgente na UTI! Está doente, muito doente! E nós participamos da culpa da “doença” dela. Nós, estudantes! Nós, que temos tudo e não damos valor!

Isso também causa uma grande doença no Brasil, chamada de “falta de crescimento”. E a doença que causa em nossas vidas, a doença da “falta de sucesso”? Será que ainda não percebemos ela? Os que, algum tempo atrás , não perceberam, agora sofrem! Sofrem com suas vidas lotadas de decepções! Tudo isso por não ter aproveitado o tempo de escola, e por ter amado conjugar em primeira pessoa do presente o verbo “cabular”.

Nós, estudantes, também precisamos tomar um remédio chamado “semancol”. São poucos os que acordaram para a realidade. São poucos que tem a ciência de que o futuro está em nossas mãos. Daqui a alguns anos, nós “dominaremos”. Seremos pais, seremos trabalhadores, seremos líderes de família, seremos pessoas de responsabilidades adultas. Seremos nós, que somos desinteressados e queremos, praticamente, ter uma vida boa.

Quando vamos mudar? Quando vamos, realmente, mostrar as nossas capacidades de aprendizagem? Quem é bom aluno, é elogiado (sou muito). E quem não é, elogia com aplausos! (todas as vezes que faço uma apresentação da trabalho, sou aplaudido). Mas, será que nos contentamos com isso? Será que também não podemos ser aplaudidos pela vida? No futuro, quem aplaudirá não são os colegas de classe, ou de escola. É a vida! A vida que vamos vivendo e construindo nossa “bagagem” de conhecimento.

O futuro do país também está em jogo. Fazemos parte de um país emergente, um país que poderia ser país de primeiro mundo, mas não é. Não é por causa do desinteresse do povo em ser. Será que nós, que vamos assumir o futuro, vamos deixar que o Brasil continue com essa fama? Ou vamos fazer com que ele cresça?

E esse texto, servirá para que? Simplesmente para ser lido, ou para ser vivido? Para ser esquecido, ou para ser compreendido e realizado?

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