terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013: voltando a fita

2013

Não dá pra acreditar, mas hoje já é dia 31 de Dezembro e passagem para o ano de 2014. É bastante natural ver hoje as pessoas fazerem promessas de melhoras no ano que vem. “Ah, vou ser melhor em tal ponto, etc e tal”. Realmente, o espírito do ano novo provoca isso.

O ano de 2013 foi marcado por diversos acontecimentos. Foi o ano que mostrou que estamos muito mais interligados do que pensamos, não somente pela tecnologia, mas pela politica. Os protestos que aconteceram no meio do ano provaram que o povo realmente se preocupa com seu destino e com que o Governo faz com ele. Mesmo assim, me questiono sobre a paralização desses protestos. Se conseguiram, na época, acabar com o aumento de 20 centavos no valor da passagem, por que não cobraram do Governo, com a mesma força, mudanças radicais na saúde e educação no Brasil, ao invés de investirem na Copa que apenas durará um mês?

Falando em saúde, a tragédia em Santa Maria da boate Kiss, em Janeiro, mostrou que é preciso preocupar-se com as pessoas que se divertem. De nada adianta a existência de uma infraestrutura para a diversão se essa infraestrutura não é segura. Ou então, qual o motivo da utilização de efeitos pirotécnicos em um local fechado?

Em Julho, a visita do Papa para a Jornada Mundial da Juventude realmente provou que boa parte do povo brasileiro tem fé, e fé católica. Foram dias que marcaram profundamente  a vida de quem estava lá. Nada como dormir na areia de Copacabana, ou estar a uns 3 metros daquele que é considerado o sucessor de São Pedro na Terra. Ou então, nada como estar com pessoas de diversas nações, portadoras de culturas e costumes tão diferentes dos nossos, mas unidos pela mesma causa. A causa do amor e do seguimento a Jesus Cristo.

Falando sobre vestibulares, Enem e Fuvest provaram de modo total e definitivo que a preparação de um aluno do estado para entrar em uma boa universidade é fraca. Esses alunos, por causa dessa fraca preparação, são obrigados a gastarem dinheiro e tempo em cursinhos, que realmente preparam este para uma USP, por exemplo. Mas, com certeza, qualquer aluno do 3º ano do Ensino Médio (ou uma certa maioria) saberia muito bem que existia carbono quaternário nas mãos daquele Nanokid.

E a amizade? O que dizer da amizade? Este ano provou que é possível você se ajuntar com um grupo de amigos, e, com eles, divertir-se. Porque a vida não deve ser levada completamente a sério, e um pouco de zoeira (ou o aproveitamento do fato da zoeira ser ilimitada, nesse caso), é excelente.

O ano que vem será um ano de diversos desafios e objetivos. O principal deles seria a entrada definitiva no Bacharelado em Ciência da Computação na USP, o que não é um objetivo muito fácil de se alcançar. Mesmo assim, com a ajuda de Deus e de diversas pessoas, isso pode ser considerado possível.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Memórias de um treineiro do ENEM

Estudantes

No último final de semana, milhões de estudantes prestaram o chamado ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). A prova é realizada todos os anos, e uma de suas finalidades é o ingresso mais fácil em algumas universidades. São 180 questões, sendo 45 envolvendo Ciências Humanas, 45 envolvendo Ciências da Natureza (Física, Química, Biologia), 45 envolvendo Linguagens (Português, Inglês/Espanhol) e 45 envolvendo Matemática. Essa quantidade de questões por matéria já dá uma ideia de quão cansativo e quão difícil é o ENEM.

E, realmente, não é uma prova fácil, a não ser que você seja um descendente de Albert Einstein, pois, principalmente a prova de Física vem com questões abordando fórmulas e temas que muitos estudantes nem sonharam em estudar (embora eletricistas tenham chance de se dar bem nessas questões). Química se preocupa com simples fatos do cotidiano, como por exemplo o motivo de fraldas descartáveis serem mais eficientes em absorver água do que fraldas de pano. Ou então, ela se preocupa com a existência de Carbono quaternário nas mãos de bonecos bizarros em forma de moléculas como o tal NanoKid, que também são chamados de Nanoputians. A soma dessas duas matérias, embora Biologia tenha sim suas partes difíceis é igual a uma mente completamente detonada, menos pra quem começou a “chutar”.

Matemática é outro problema, capaz de tirar a noção de tempo, espaço e existência de muitos, principalmente de quem fez a redação e respondeu todas as questões de Linguagens primeiro, no 2º dia. E ela se preocupa com coisas bem mais bizarras, como a formação de “carinhas” em plano cartesiano, ou com a vaquinha da fazenda que rende mais. Somente quem realmente tem um cérebro de ferro é capaz de, além de resolver os problemas, manter-se vivo e não “chutar”.

A parte de Humanas e Linguagens é relativamente fácil, embora você descubra que em 1960 a preocupação era mais a gazolina brasileira do que um prato de feijão brasileiro. Ou então, que crianças iraquianas entram na Disney sem visto americano. Ou ainda, que a preguiça é a mãe de todos os vícios, e, como mãe, devemos respeitá-la. E quem é fã de Gabriel – O Pensador, deve ter cantado mentalmente quando viu o começo da letra de “Até Quando” (isso aconteceu comigo). De fato, se você lê questões desse tipo atenciosamente e a liga com alguns conhecimentos que aprendeu na escola e na vida, consegue marcar a resposta certa.

E o que dizer sobre os efeitos da Lei Seca? Muitos tiveram que gastar neurônios pensando nisso, e ao mesmo tempo, pensando em dissertar de um modo educado (que respeite os Direitos Humanos) e coerente com a norma padrão da Língua Portuguesa. Mas, será que alguém criará e apresentará a receita de miojo 2.0?

O ENEM, na verdade, aconteceu em lugares que poderiam ser chamados de mosteiros, graças ao silêncio e concentração na prova (embora isso não tenha acontecido de um modo geral). O bonito não é só ver jovens realizando o ENEM, mas também idosos, que também sonham em entrar em universidades. Em muitos casos, ele leva a conclusão de que muitas escolas não preparam seus estudantes para enfrentá-lo. Mesmo assim, é preciso que os estudantes que fizeram o ENEM lembrem de que o essencial faz a vida valer a pena, ou de que quando a alma fala, já não fala nada.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Lembranças da JMJ

Logo JMJ

Ainda não acredito que semana passada estava no Rio de Janeiro, e muito menos em um grande evento católico mundial, junto com 2 milhões de pessoas. E tem certeza que, de sábado para domingo, dormi no calçadão de Copacabana? Pois, é! Estava na Jornada Mundial da Juventude, grande evento da Igreja Católica com a intenção de conquistar os jovens.

Criado em 1984 pelo Beato João Paulo II, esse evento ocorre, geralmente, a cada 2 ou 3 anos em países diferentes. Em 2011, o Papa Emérito Bento XVI anunciou que, em 2013, a JMJ seria aqui. Com certeza, foi um orgulho para o nosso país, principalmente para o povo católico.

Mas, minha jornada, junto com o povo da Paróquia Nossa Senhora das Graças da Vila Carolina, começou em uma quinta-feira (a JMJ começou na terça). Às dez da noite, finalmente partimos. De início, a zoeira simplesmente gritava dentro do ônibus. Mas, teve uma hora em que o sono falou mais alto, e até a hora de chegada (4:00 de sexta-feira), fomos dormindo.

Chegamos na Paróquia Santa Clara em Guaratiba, e a mesma estava lotada de peregrinos. Dormimos lá mesmo, até irmos para a casa das famílias que iriam nos acolher. Eu tive a sorte de ir para a “casa” do Diácono daquela paróquia, que, na verdade, era um sítio cheio de plantações (e bodes). Isso até pegarmos o transporte público do Rio de Janeiro e irmos para Copacabana. Deu uma trabalheira…

Copacabana estava lotada naquela sexta-feira, mas, conseguimos um lugar na areia para ficarmos e assistirmos à vigília com o Papa. Assistimos um pouco, e, feito mendigos, fomos comer no McDonalds, onde a fila estava extensa. Depois de pegar uma chuva forte, utilizamos mais uma vez o transporte público do Rio de Janeiro. Eis que todo mundo de um dos ônibus começou a rir com o nosso “Harlem Shake do Busão ‘Fanfonado’” (vídeo abaixo) e aquele dia terminou com nosso grupo “boiando” esperando um ônibus azul.

O sábado foi mais complicado. Utilizamos mais uma vez o transporte carioca até chegarmos à Central do Brasil. De lá, partimos a pé até a praia de Copacabana, em uma caminhada de, mais ou menos, uns 9 Km, responsáveis por certas dores e bolhas no pé. Mas, valeu a pena. O duro foi achar um lugar na praia, que estava bem lotada. Mas, achamos, e decidimos ficar lá para dormir. A vigília simplesmente foi tocante, assim como foi tocante ver o Papa de perto no dia anterior, com a passagem do Papamóvel.

O Papamóvel também passou no domingo, depois de uma madrugada quase sem dormir. Foi tocante mais uma vez. E me parece que, no domingo, a praia de Copacabana estava mais lotada do que nunca. Era quase impossível se mover. Não fiquei lá a Missa inteira, porque fui comer com uma parte do grupo. Mas estava perto da praia quando o Papa Francisco anunciou que a próxima JMJ será em Cracóvia. Então, “#PartiuEconomizar”.

Sim, foi a maior experiência de toda a minha vida. Nunca tinha saído do estado de São Paulo, muito menos para uma JMJ. Um dia, apenas ouvi falar da tal JMJ, na época em que a mesma foi em Madrid, na Espanha. Agora, posso contar pra todo mundo que, mesmo não acreditando, estive em uma JMJ e vi o Papa de perto. Simplesmente fantástico.

Queria agradecer aos meus amigos que foram comigo, e agradecer por todo os momentos que passamos juntos, principalmente os de zoeira. E serei eternamente grato pela acolhida que tive lá. Graças à bondade do Diácono Antônio e sua esposa, tive um lugarzinho pra, ao menos, guardar minhas coisas.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Mestre sem ter defendido tese

Profº Adilson

Basicamente, essas palavras meio “complexas” podem ser consideradas as melhores para descrever o Prof º Adilson. Para quem não sabe, o título acadêmico Mestre só é obtido se o cara elaborar uma tese e defendê-la perante uma mesa julgadora e o público. Mas, o Profº Adilson não precisou disso para ser chamado de Mestre.

Na verdade, será mesmo que ele era um professor? Será que somente essa palavra que pode descrevê-lo? Na verdade, não. Pra quem conheceu essa pessoa maravilhosa, a melhor palavra para defini-lo seria “pai”. Sim, essa mesmo. Ele próprio falava que “cuidava” de seus alunos, e que se visse algum deles “aprontando” na rua, ele pararia o carro e iria bater um papo (os “papos” dele tinham o poder de mudar completamente uma pessoa). Não ensinava somente aquilo que a escola pede, mas, também ensinava o que a vida exigia, com suas “rodinhas” e dinâmicas.

Ainda lembro do dia em que, na 7ª série, tive que apresentar um seminário para três salas ao mesmo tempo (o Profº Adilson amava seminários). Foi tenso, mas, consegui. Diziam as meninas na época, que ele estava chorando, com muito orgulho de mim. Mas, lembro que dias antes, ele me perguntou se eu queria realmente fazer esse seminário. Disse que sim. Mas, hoje vejo que aquele “sim” não foi um “sim” qualquer. Naquele “sim”, estava falando: “lógico que sim, porque você explicou tudo e me deu a coragem de falar esse ‘sim’”. Realmente, ele explicava. Não era daquele tipo de professor de “passar a matéria na lousa e o resto os alunos se viram”. Ele parava, e explicava. Praticamente, conseguia enfiar o conteúdo nas nossas cabeças.

Mas hoje, ele se tornou mais um morador da casa do Pai. Bem recompensado, pois, analisando sua trajetória, é fácil perceber que ele era um dos homens com coragem e esperança de que os jovens seriam capazes de tornar o mundo melhor. E é exatamente por isso que ele não somente passava Geografia, ou História. Passava “lições de moral” para todos nós. E essas aulas eram realmente maravilhosas…

Como todo grande homem, ele vai deixar saudades nos corações de todos aqueles que o amavam. Mas, a saudade jamais deve ser vista como algo doloroso. Saudade é, na verdade, a certeza de que aquilo que vivemos no passado foi bom. E foi bom ter ele como professor por um ano. Foi bom ele ter passado os seminários dele. Foi bom ele ter feito suas “dinâmicas” que sempre passavam uma mensagem, por mais fortes que essas dinâmicas eram. Foi bom ter conhecido esse homem.

Grande Mestre, descanse em paz, pois você merece!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

E o Brasil Acordou!

Mainfestação no Congresso Nacional

Como está em uma imagem compartilhada esses dias no Facebook, o Brasil alterou seu status de “Deitado eternamente em berço esplêndido” para “Verás que um filho teu não foge à luta!”  De fato, o Brasil acordou e foi às ruas, contestar quem “cuida” dele. Mas, por que ir às ruas e contestar de quem cuida de nós? Simplesmente, por causa que estes não cuidam direito!

O aumento de apenas 20 centavos na passagem de ônibus em São Paulo foi o verdadeiro estopim para tudo isso. Isso parece uma idiotice, mas, não é. Muitas pessoas pegam ônibus todos os dias e, multiplicando esses 20 centavos por essas pessoas e pelos dias que usam o transporte público, isso dá um valor monetário alto, que vai para o bolso do Governo. Na verdade, o Governo já dá suas facadas através dos altos e abusivos impostos cobrados neste país, o que dá mais dinheiro e lucro ao mesmo.

Tendo um Governo que não sabe administrar e aproveita esse dinheiro para benefício próprio, é lógico que o povo vai às ruas protestar! Ao invés de investimentos pesados em saúde, educação e transporte de qualidade, agora o foco é investir na Copa do Mundo, que não será o ano de 2014 inteiro. A Copa será apenas um evento passageiro, e a necessidade de serviços públicos de qualidade é eterna. Estádios de futebol são formados de grama (que pode ser sintética), traves e arquibancada, e não de leitos e salas de aula. E não são eles que farão o Brasil ser considerado um país desenvolvido.

As manifestaçõs, pelo que percebe-se são divididas em dois grandes grupos: vândalos aproveitadores e ativistas pacíficos. A ação do primeiro grupo é simplesmente ridícula: começam a quebrar a cidade inteira, e inclusive lugares que não têm uma relação com a situação, e saqueiam lojas, aproveitando-se de toda a situação negativa. Já o segundo mostra que os verdadeiros manifestantes são aqueles que, através da guerra pacífica, tentam conseguir uma situação melhor para o país. Protestar não é começar a quebrar tudo o que vê pela frente, mas, é contestar duramente as ações do Governo.

Não somente os manifestantes que estão contra o governo. A Polícia, mostra-se como uma força opressora contra os manifestantes, inclusive mostrada na primeira página do The New York Times1 de hoje. Mesmo assim, essa opressão não é fruto direto dos policiais, e sim de seus comandantes2. Muitos policiais são contra essas ordens cruéis, e estão partindo para a desobediência, que é um jeito pacífico de tentar resolver o problema.

Será que todo esse conflito dará em alguma coisa? “Será que vamos conseguir vencer?” Tomara que vençamos! Mesmo assim, o Governo já percebeu que a força do povo é grande, e não adianta a Excelentíssima “Presidenta” da República elogiar a pacificidade de muitas manifestações, se não arregaça as mangas, “toma vergonha na cara” e muda esse país! Caso contrário, a guerra continuará!

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Somos todos eternos

Tempo

A ideia de que somos eternos já é defendida há muito tempo por diversas religiões. A questão da vida após a morte é vista por elas não como um "fim", mas geralmente como um "novo começo", ou como o início de uma "nova vida". Mesmo assim, a ideia de que os homens são eternos não é dita apenas pelas religiões,  mas, pela própria sociedade em que vivemos, que eterniza diversas pessoas falecidas há séculos. Ou então há milênios, como no caso de diversos intelectuais que viveram em tempos bastante remotos.

Mas, por que isso acontece? Exatamente por causa de seus grandes feitos, e porque ajudaram a humanidade a ir pra frente. Sem eles, estaríamos mais que atrasados hoje em dia. Ou seja, indo por essa lógica, podemos concluir que uma dica para ser "eterno" é realizar um grande feito para a humanidade. É através de obras que podemos eternizar nossas pegadas no mundo. Infelizmente, há também aqueles que foram eternizados por feitos nada positivos, e hoje são lembrados como terríveis vilões.

Mesmo assim, não são todos que têm esse privilégio. Não são todos que vão fazer grandes feitos pela humanidade. A estes também é reservada a "eternidade"? Sim, mas isso vai depender de apenas algumas pessoas, como família e amigos. Quando vivemos, começamos a fazer parte de um grande mundo observador, e se começamos a interagir com este, nossas chances de nos tornarmos eternos aumentam. Após a morte, ao menos uma pessoa terá lembrança de nós. Mas, para que nos tornemos eternos de fato, é preciso que essa lembrança seja citada e passada a outro.

Somos todos eternos nesse mundo, embora nossa eternidade dependa das pessoas que nos rodeiam, ou que nos conhecem. Mas, nossa eternidade pode ser tanto positiva, quanto negativa. O que estamos fazendo para definir se nossa etenidade vai ser positiva ou negativa? Como queremos ser lembrados após a nosa morte?

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Desabafo de um estranho

Solidão

De fato, muitas pessoas me veem como alguém “estranho”. Ou então, já devem ter me visto assim. Notam algo de diferente em meu ser. Não. Não falo da “inteligência”, mas, de um jeito “estranho” de ser mesmo. Talvez desengonçado, talvez sem jeito, sei lá… Para os que pensam assim, digo que eu era muito mais estranho na infância.

Qualquer criança comum faz bizarrices no seu período de infância. Gostam de se divertir, ou de transformar a vida dos mais velhos em um verdadeiro inferno (falo de crianças terríveis). Suas diversões variam. Muitos brincam de bola, muitas de boneca, ou daquelas brincadeiras antigas, mesmo que as crianças de hoje prefiram tablets e todo o tipo de eletrônicos. Eu também me diverti na minha infância, mas, eram diversões estranhas. Amava quando colocavam a máquina de lavar para centrifugar, por exemplo, porque era fascinado por coisas girando. Ficava todo o período de centrifugação em frente daquela coisa. Ou então, pegava qualquer objeto de forma circular, rodava-o em uma velocidade extrema no chão, e ficava mexendo meus braços e minha cabeça de uma forma completamente estranha. Criava meus próprios brinquedos através de transformações. Para mim, um recipiente de amaciante de roupas transformava-se em uma perfeita câmera, e um tubo de cola bastão era um microfone.

Minha “inteligência” também vem de tempos bem remotos… Aos 4 anos de idade, já sabia ler. Mas, lia de uma forma extraordinária. Era preso em interesses que variavam de tempos e tempos, e meu assunto nas conversas eram exatamente esses. Quando falava deles, sentia que os dominava. Talvez, era visto como um “especialista mirim”, ou algo do gênero. Também, infernalmente, viro a cabeça de uma forma desengonçada, e, muitas vezes, quero ficar sozinho.

De onde vem tanta estranheza em mim? Foram anos de consulta na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) até descobrirem que sou portador da Síndrome de Asperger. Parece um nome estranho, mas, antes de entender o que é Asperger, é preciso lembrar da televisão. Quem assiste a série The Big Bang Theory, percebe que o personagem Sheldon Cooper é diferente. Ele também tem um jeito desengonçado de ser, nerd, anti-social e domina sua área, que é Física (tanto que é doutor em “Teoria das Cordas”). O Sheldon é portador da Síndrome de Asperger.

Na verdade, ela é uma forma leve de um problema mental gravíssimo chamado “autismo”. Autistas verdadeiros são pessoas que convivem em seu próprio mundo, muitas vezes não ligando para o mundo exterior. Mas, Aspies (portadores da Síndrome de Asperger) têm grandes diferenças em relação aos autistas.

Aspies são pessoas destacadas em qualquer ambiente. Isso porque demonstram uma inteligência espetacularmente rara. São pessoas com extrema capacidade de aprender, principalmente coisas relacionadas à área de exatas, e podem demonstrar essa capacidade quando explica essas matérias, por exemplo. Geralmente possuem um interesse restrito em uma área específica (o meu é Computação) e tornam esse interesse seu principal foco, tanto em estudo quando em conversas. Um aspie pode muito bem chegar em uma pessoa e falar: “Olha, você sabia que a linguagem C é uma das primeiras linguagens de programação, e que ela é responsável por boa parte da execução dos grandes sistemas operacionais como o Linux?”

Também podem demonstrar movimentos estranhamente desajeitados, que, no meu caso, é virar a cabeça. Isso, às vezes, é um inferno pra mim. É a coisa que mais me faz parecer estranho. Mesmo assim, a grande dificuldade do portador de Síndrome de Asperger é a relação com as pessoas. Geralmente, são isolados, e, algumas vezes, não possuem amigos (o que não é o meu caso, por mais que, às vezes, eu tenha vontade de passar longos momentos sozinho). Conviver com as pessoas, muitas vezes, é um desafio. Não são muito criativos para conversas. Muitos aspies, por causa desse isolamento extremo, são condenados à passarem uma vida inteira em uma constante solidão. Mesmo nas conversas, os aspies não conseguem manter seu rosto fixo em seu interlocutor: têm uma extrema dificuldade de olhar nos olhos das pessoas. Como o Sheldon Cooper, podem conversar utilizando uma linguagem bastante “acadêmica”.

Estes são apenas sintomas básicos de um problema que muitos possuem. Mas, a cura de um aspie vem com o tempo. Cientificamente, a Síndrome de Asperger é incurável. Mas, com a ajuda de amigos e pessoas próximas, e também de sua própria vontade de vencer, um aspie pode tornar-se um vencedor.

Sinceramente, acredito que estou vencendo a Síndrome de Asperger aos poucos. Começando a me relacionar com o mundo, por exemplo. Sei que ela não vai sair inteiramente do meu cérebro, mas, o costume com ela existe. Não somente isso, mas, no fundo, também existe a vontade de conhecer um mundo que, provavelmente, quer acolher-me.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O lado oculto da Internet

Mistério

É impressionante o modo como vemos a Internet. Nos surpreendemos quando, através de algum gadget, conseguimos entrar em uma quantidade imensa de páginas. Isso, através de uma grande rede chamada de “Internet”.

Mesmo assim, a Internet pode ser vista como um iceberg, como aquele que acabou com o Titanic. O que acessamos é a parte de cima, que fica no oceano. São páginas enviadas por grandes computadores, chamados “servidores” até nós, sem precisar passar por “criptografia” (o ato de esconder uma página para protegê-la). Páginas como o Facebook, Google, Wikipédia e qualquer site que entremos são assim, a não ser que precisem de senhas, por exemplo.

Parece ser muita coisa, mas, isso não é nada perto da outra parte extensa do iceberg, que chama-se Deep Web. É uma grande parte da Internet, onde as páginas são criptografadas, ou seja, serviços como o Google não podem encontrá-las. São páginas protegidas por códigos, para ser mais exato. Muitas pessoas que entram na Deep Web acusam os grandes serviços de Internet de entrarem muito na privacidade dos usuários. Isso porque podemos ser monitorados pela nossa navegação na Internet, o que não ocorre com a Deep Web.

Quem se depara com essa pequena definição de Deep Web, já imagina que é um universo perigoso, cheio de besteiras e crimes. Ou então, quer se aventurar por esses “mares desconhecidos”. Mas, antes, é preciso estar seguro do que está fazendo. Sem um computador seguro, é impossível navegar na Deep Web, pois lá, existem crackers que podem danificar nossos sistemas, talvez de modos piores dos que podemos imaginar. Portanto, se quiser conhecer a Deep Web, use um método seguro. No meu caso, quando eu acessar, usarei uma máquina virtual (um computador virtual) rodando Linux.

Em relação ao conteúdo, a Deep Web tem sua parte negra e sua parte boa. Segundo relatos de pessoas que acessaram ela, algumas coisas que lá existem te impedem de dormir, tais como fetiches estranhos e métodos de homicídio. Sites de pornografia e até assassinos de aluguel são normais lá. Mesmo assim, temos que também dar valor à parte boa da Deep Web. Lá também existem livros extensos sobre diversos temas, conteúdos sobre programação ou coisas desse tipo, e até algumas redes sociais, como uma espécie de Twitter, por exemplo.

Muitas pessoas ainda não sabem que ela existe, tal como os Europeus não imaginavam que a América existia. Ou então, pessoas que estão terminando de ler esse texto agora também nem imaginavam a existência da Deep Web. Mas, ela está aí. Mesmo assim, é um universo perigoso de se navegar.

domingo, 27 de janeiro de 2013

A tragédia da madrugada

Tregédia Kiss

Hoje, 27 de Janeiro de 2013, o Brasil chora. Chora pelos sonhos perdidos, pelos futuros jogados fora, e por vidas que não voltam mais. Chora também pelo erro, erro que poderia ter sido muito bem evitado.

Fico imaginando as famílias reconhecendo os corpos das vítimas daquela tragédia. Imagino mães, pais, amigos próximos, completamente inconsoláveis com tudo o que aconteceu. Com a inocência de jovens que simplesmente queriam se divertir. Simplesmente queriam curtir a noite, queriam se reunir, queriam festejar juntos a alegria de viver. Também imagino os bombeiros trabalhando na madrugada, tentando controlar o incêndio, socorrendo pessoas e resgatando corpos. Um relato que vi agora há pouco mostra que estavam comovidos com os celulares dos jovens tocando toda hora.

Agora, temos mais 233 anjos no céu. Anjos que poderiam ter ficado aqui na terra mais um pouco, mas, devido a algumas “falhas”, não ficaram. Como que aqueles seguranças fecharam a porta, e não perceberam as chamas dentro da Kiss? Como que, também, a Kiss estava funcionando, sem qualquer segurança? Como foi noticiado pela imprensa, a boate estava com a licença contra incêndios atrasada desde o mês de Agosto do ano passado. Isso prova que a fiscalização ainda é fraca.

O duro é que, muitas vezes, temos que ter tragédias para “acordar” as autoridades e alertar o povo. Para que todos aprendam, muitas vezes, muitas vidas têm que ir embora, principalmente de formas trágicas como a que vimos hoje. Se tudo fosse bem pensado, talvez, essas tragédias poderiam não terem acontecido.

Sinceramente, devo elogiar o papel de mãe da presidente Dilma. O povo brasileiro realmente precisava dela, como disse quando estava no Chile, há algumas horas atrás. Não somente ela merece elogio, mas, todos aqueles que, por amor, se arriscaram para salvar vidas e tiveram coragem de resgatar os corpos dos que já tinham partido. Os jovens que estavam dentro da boate também devem ser elogiados, pois, ouvi relatos de ajuda mútua entre eles. Também médicos, psicólogos e tantos outros profissionais, que trabalham nesse momento, são dignos do mesmo mérito.

Agora, com as consequências, será que alguma coisa vai mudar? Será que existirá mais fiscalização e responsabilidade? Ou mais vítimas terão que sofrer? É esperar para ver. Por enquanto, é hora de, ao menos, rezar pelas almas desses jovens e dos parentes e amigos deles, que tanto estão sofrendo. Também rezar por aqueles que sobreviveram, que terão de ter esse trauma pelo resto da vida.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Análise do filme “O Resgate de um Campeão”

O Resgate de um Campeão

Talvez este seja um dos filmes mais reflexivos que já vi. Sua temática forte e o modo com que as cenas do filme tratam essa mesma temática, fazem com que o filme mexa no mais profundo do nosso ser. Profundo este onde guardamos nossos sentimentos, nossas reflexões, nossas visões do mundo.

Sobretudo, O Resgate de um Campeão trata da questão do erro. Erro que, muitas vezes, nos torna seres perdidos e vingativos, como aconteceu com o personagem Erik Kernan Jr. Mas, Kernan cometeu esse erro graças ao “campeão”, que se dizia “Bob Satterfield”, mas que era Tommy Kincaid. Por que Kincaid foi capaz de estragar a reputação de Kernan, que tanto queria crescer no jornal? Porque ele também queria ser grande, também queria ser um verdadeiro campeão.

Tanto Kernan quanto Kincaid queriam surpreender. Ambos eram considerados “fracassados, derrotados”, e, buscaram um meio de serem vistos como heróis, cada um do seu jeito. Enquanto Kincaid se dizia “campeão”, Kernan escreveu uma matéria sobre esse “campeão”. Matéria que, na verdade, era uma farsa, graças às mentiras de Kincaid. Os dois tiveram uma briga agressiva, mas, que foi resolvida com a força do perdão. Também Kernan queria mostrar-se um herói para seu filho, mentindo para ele. Dizia que conhecia várias celebridades e, quando seu filho queria conhecer, era barrado.

Como consertar o pior erro de sua vida? Foi um desafio para Kernan consertar aquele erro da matéria, que o garantiu uma promoção de cargo e uma exibição na Show Time. Mas, ele conseguiu. Seu desafio foi consertar o erro com aquilo que sabia fazer: escrever. E, basicamente, ele escreveu um texto que resume o filme inteiro. Um texto bastante tocante:

“Um escritor, como um pugilista, precisa ficar sozinho. Ter suas palavras publicadas é como entrar num ring: coloca seu talento em evidência, e não há onde se esconder.

Eu nunca quis escrever uma história sobre mim, ou meu filho. Ou sobre amor, ou das mentiras que, algumas vezes, surgem por amor. Eu vou dizer algo sobre o homem que eu chamava de "campeão", e que todos chamavam de "campeão". Ele foi, antes de tudo, meu amigo. E foi também um mentiroso. Mas foi porque ele tentava ser alguém melhor do que realmente era, ou foi por causa de uma força mais poderosa do que um filho querendo a admiração de seu pai, ou o pai querendo a admiração de seu filho?

Às vezes, precisamos da ajuda da imaginação para atingir este nível. Porque não é uma tarefa fácil ser o mais forte, o mais esperto, o mais querido homem do planeta. E o momento mais triste do que aquele, é quando nosso filho descobre que não somos o super-homem que criamos. Ou ainda, como Herman Melville um dia escreveu, "um homem de valor".

As mentiras que vem do amor machucam tanto quanto as outras. Legado dos campeões, eu suponho, é a inspiração para a verdade, e da beleza que pode emergir dela. Uma beleza que deixa nossos filhos nos admirarem incondicionalmente. Amar-nos incondicionalmente, como eu amo o meu filho, "mucho grande".
(Erik Kernan Jr. – O Resgate de um Campeão)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Vilões e mocinhos digitais

Digital

Todas as coisas do mundo têm seu perigo. E a internet é a mesma coisa! Estamos facilmente sujeitos a ataques de vírus e pessoas mal-intencionadas. Mas, quem são essas pessoas mal-intencionadas?

De modo errôneo, é comum chamá-los de hackers. Ou seja, para o povo em geral, hackers são pessoas que devem ser combatidas, por representarem uma ameaça para todos. Essa é uma visão bastante equivocada e preconceituosa sobre esses eles.

A palavra "hacker", em tempos mais remotos, definia que uma pessoa possuia habilidades extraordinárias em alguma coisa. Se, por exemplo, existisse alguém bom em cozinhar, esse alguém poderia ser chamado de "hacker de cozinha". Mas, nos tempos atuais, o verdadeiro significado de hacker é de uma pessoa que possui conhecimentos avançados em computação, tais como o domínio de linguagens de programação (que, para muitos, não passa de "códigos estranhos") e o entendimento de um sistema operacional de modo completo, ou melhor, são aqueles "realmente bons" em computação Essas pessoas usam esse conhecimento para o bem, mas, muitas vezes, a noção de bem dos hackers vai contra a lei. Grupos como os Anonymous, por exemplo, vivem invadindo sistemas computacionais de empresas que "manipulam" o povo, principalmente as instituições governamentais. Isso para defender os que sofrem, os que são manipulados pelo "poder". Outros, invadem sites para descobrirem falhas, e prestam uma grande ajuda.

Ao contrário dos hackers, os crackers usam esse conhecimento avançado em computação exclusivamente para o mal. Com muita maldade, invadem bancos, por exemplo, e roubam dinheiro de contas, usando-o para benefício próprio. Também, exploram as falhas dos sistemas operacionais e criam vírus para destruí-los. Mesmo assim, são inimigos distantes perto de outros: os lamers.

Para ser um hacker ou cracker, é preciso um estudo intenso. É preciso ter conhecimentos em Unix e programação, por exemplo. Agora, para ser um lamer, é só necessário ser um usuário comum de computador. Lamers, na verdade, são aquelas pessoas que "se acham crackers". Buscam tutoriais na Internet para invadirem contas do Facebook, por exemplo, ou baixam vírus prontos para enviarem à outras pessoas. Também representam um perigo...

A proteção contra esses "perigos" é altamente necessária. Mas, também, é preciso conhecer mais sobre eles, e utilizar os termos necessários para apontá-los. Ou seja, hackers não são maus, como muitos pensam.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Uma definição sobre a morte

Rosa Negra

Hoje, minha cadela mais velha, July, faleceu. Ela estava com aproximadamente 23 anos, o que na idade humana equivaleria a uns 115 anos, e já estava doente. Também, faleceu hoje aquela mulher grávida que levou um tiro na cabeça, para quem acompanha os jornais. São dois casos aparentemente distintos, mas, quem têm em comum uma coisa: a morte.

Como todo mundo fala, a morte é a única certeza que temos na vida. Um dia, não somente nós humanos, mas, todos os seres que têm vida, irão morrer. Mas, fico aqui pensando: o que deve ser o ato de morrer? O que é a morte?

No mundo em que vivemos, podemos encontrar diversas respostas para essa pergunta. Diversas religiões defendem a teoria de que a morte é uma “passagem” deste mundo de sofrimentos e dor, para um mundo de paz e alegria. Enquanto isso, a ciência explica que a morte é a perda da função de um organismo, ou seja, é quando o mesmo para de funcionar. E nós, o que poderíamos dizer da morte?

Para nós, humanos, a morte, provavelmente, é um tempo de tristeza. Quem perdeu um ente querido, principalmente se essa pessoa tinha laços bastante fortes, sabe do que falo. Talvez seja o momento de derreter-se em lágrimas, com a certeza de que essa pessoa nunca mais irá estar presente em nossa convivência. Ou então, é momento de remorso. O momento de pensar coisas como “poderia ter sido melhor com essa pessoa”, ou “poderíamos ter convivido melhor”. Para os mais esperançosos, é o momento de entender que essa pessoa está “em um lugar melhor”.

Mesmo assim, acredito que a morte seja a incógnita que define o que estamos fazendo aqui. Ela vem como uma surpresa, e podemos não estar preparados para recebê-la. Mas, como seria essa preparação? A vida. A preparação para a morte é o simples ato de viver. Viver e conviver bem com as pessoas, por exemplo. E também, deixar um legado. Não adianta viver, se não fizermos algo de importante. Precisamos deixar alguma coisa para as próximas gerações, nem que seja uma simples sementinha do tamanho de uma semente de mostarda, como já nos diz a Bíblia. Por isso, curta a vida! Ela pode ser curta!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Será que estudar realmente é algo infernal?

Estudar

Você, estudante do Ensino Fundamental ou Médio, já deve ter passado (ou ainda passa, o que é bem mais normal) por um sentimento de aversão à escola. Sim, você ama ficar doente, quebrar o braço, ou pensar em qualquer meio que possa te impedir de levantar-se da cama, daquela tão confortável cama, tomar um café da manhã e enfrentar aquele “inferno”. Ou então, você quer matar o criador dessa tão horrível coisa, que torna a sua vida um verdadeiro inferno, não somente por causa das lições, mas, por causa dos professores chatos. Também, você arruma um jeito de cabular, de matar aula, de ficar no pátio conversando com os amigos ou simplesmente fazendo nada. Mas, naquela sala de aula, não quer pisar de jeito nenhum!

É… O sacrifício da vida resumido em apenas um lugar. Muitos devem ver a escola assim. Mas, o que fazemos de mais importante lá é motivo de ódio para muitos jovens. “Aff, tenho que estudar para aquela maldita prova de amanhã?” Essa frase é bem normal! Os jovens de hoje em dia, além de ter aversão à escola, tem também uma forte aversão ao estudo. Acha que o estudo não é importante na vida.

Você, leitor e estudante da escola que lê esse texto, já deve ter refletido várias vezes que a escola ensina coisas demais, completamente desnecessárias para seu futuro. Às vezes, também penso assim. “Terei que realmente dominar todos os campos do conhecimento para ser um grande homem? Se fosse assim, deveria ganhar um diploma pra cada matéria que estudo na escola”. E, através desse pensamento meu, posso tirar a conclusão de um remédio que cura essa “aversão ao estudo”.

Independentemente da profissão que se almeja na vida, o estudo é necessário. E é exatamente essa escolha de profissão que vai fazer você, estudante, gostar de estudar. “O que você quer ser quando você crescer?” Parece uma pergunta muito infantil, mas, de acordo com minha visão, é a pergunta fundamental que vai fazer você gostar de estudar. Se você quer ser arquiteto, por exemplo, comece a estudar arquitetura! Procure conteúdo na Internet, se inspire em Oscar Niemeyer, por exemplo. Se quer ser veterinário, comece a estudar! Pesquise na Internet coisas sobre anatomia de animais. Minha priminha quer ser veterinária de cavalos, por exemplo, e, por isso, mandei ela pesquisar sobre cavalos na Internet, exatamente nesse momento em que digito essas palavras.

Sinceramente, digo que achei na Ciência da Computação o meu gosto de estudar. Não que eu goste de estudar outras coisas, mas, acho ela mais interessante do que Sociologia, por exemplo. É, quem gosta de exatas, geralmente não gosta de humanas, mas, fazer o quê? Mesmo assim, estou aqui, pesquisando, tentando programar algumas coisas… Praticamente uma preparação para a faculdade!

Daqui a alguns anos, você, leitor, e eu, vamos ser os próximos profissionais que dominarão o mundo. E se quisermos realmente sermos bons profissionais, temos que gostar daquilo que fazemos. Temos que gostar de estudar sobre aquilo o que fazemos. Sendo assim, o estudo deixa de ser um “inferno” e se transforma em um “paraíso”.