tag:blogger.com,1999:blog-92088412393385841022024-03-13T12:30:38.238-03:00Carlos MarquesCarlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.comBlogger275125tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-59359662016880512042017-12-19T22:21:00.001-02:002017-12-19T22:28:11.445-02:00Utopias distópicas<p><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-11o-rpGrUnc/WjmtYEinjFI/AAAAAAAADbw/2mTrot44glwr2FHK-IG2uukIsiWvIYwuwCHMYCw/s1600-h/Cen%25C3%25A1rio%2BDist%25C3%25B3pico%255B6%255D"><img width="625" height="349" title="Cenário Distópico" style="border: 0px currentcolor; border-image: none; margin-right: auto; margin-left: auto; float: none; display: block; background-image: none;" src="https://lh3.googleusercontent.com/-2sgkzMKw22I/WjmtYvZi0ZI/AAAAAAAADb0/88HIfkmAFK0S3xDXDo0tdhxcqtPo9B-JgCHMYCw/Cen%25C3%25A1rio%2BDist%25C3%25B3pico_thumb%255B4%255D?imgmax=800" border="0"></a></p><p>A racionalidade conferiu à espécie humana o descontentamento com a imperfeição do mundo, semente que floresce no surgimento de utopias. Elas desafiam uma visão inerte e confortável do homem em relação ao mundo. Mesmo assim, a experiência histórica conduz ao ceticismo em relação à realização de projetos utópicos, que resultaram, em sua maioria, na gênese de cenários mais próximos à distopia.</p><p>Em uma França castigada pela fome e pela injustiça, os ideais de “liberdade”, “igualdade” e “fraternidade” regeram a ideologia do movimento de 1789. Suas consequências deram novos significados às suas reinvindicações: a guilhotina tornou-se a materialização da “igualdade” ao punir, da mesma forma, reis e membros das camadas estamentais mais baixas. A Revolução, autofágica ao atingir seus próprios líderes, mergulhou o país europeu no caos e no terror. </p><p>Um pouco mais distante no tempo e no espaço, uma outra agitação sacudiu a Rússia em plena Primeira Guerra Mundial. Movidos pelo desejo de acabar com a pobreza e a opressão, os revolucionários bolcheviques construíram um sistema que encheu rios de sangue para ser consolidado, em uma violenta Guerra Civil. Nas mãos de Stalin, o sistema fortaleceu-se, esmagando seus opositores. Países como Cuba e China copiaram a mesma fórmula e abrigaram regimes igualmente totalitários, distantes dos ideais originais de construção de uma sociedade sem classes. </p><p>O denominador comum desses recortes do passado é a utopia transformada em barbárie. Divinizada por aqueles tentam aplicá-la ao mundo real, ela é capaz de transformar-se no seu oposto, revelando seu caráter nocivo e instituindo a destruição. </p><p><em>Texto baseado no tema de redação da Fuvest 2016. Disponível em </em><a title="http://acervo.fuvest.br/fuvest/2016/fuv2016_2fase_dia1.pdf" href="http://acervo.fuvest.br/fuvest/2016/fuv2016_2fase_dia1.pdf"><em>http://acervo.fuvest.br/fuvest/2016/fuv2016_2fase_dia1.pdf</em></a><em>, pág, 12</em></p>Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-90226706746709293432016-09-12T15:21:00.001-03:002016-09-12T15:23:25.961-03:00Extinção voluntária<p><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-YDCddLCCi6E/V9byPKB5RCI/AAAAAAAADaY/wtrkLlWas60/s1600-h/Man%25255B4%25255D.jpg"><img title="Man" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" alt="Man" src="https://lh3.googleusercontent.com/-c755Es8Gr30/V9byPjHvmvI/AAAAAAAADac/CyQYZ9O6B0c/Man_thumb%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800" width="662" height="487"></a></p> <p>O mundo contemporâneo já carrega em si as sementes de sua própria destruição. A civilização que agora vive e respira, despreocupada com a possibilidade de sua extinção, está com os dias contados. É uma extinção evidentemente voluntária, causada por uma patologia epidêmica crescente. </p> <p>Aceitar a veracidade da existência dessa patologia é tarefa árdua. Um dos seus principais sintomas é a cegueira: o homem contemporâneo não percebe que padece de um mal corrosivo e potencialmente destrutivo para a coletividade. Seu nome é egocentrismo. Sim, tudo no mundo moderno gira em torno do “eu”, e nunca ele esteve tão forte. É politicamente incorreto admitir o egoísmo, mas é necessário. Seus desdobramentos são infinitos e perceptíveis apenas por mentes atentas e reflexivas. </p> <p>O nosso mimo e ressentimento crescem a níveis incalculáveis. Uma surdez voluntariamente gradativa toma conta de nós. Aos poucos, um bando de surdos-tagarelas ambulantes tomam conta das ruas, das avenidas e do cyberespaço. Ouvir alguém é tarefa trabalhosa. Aceitar as diferenças nas concepções de mundo do outro é um ato raro. Engolir o nosso equívoco e nossas falhas é impossível: isso é uma ofensa que corrói o mais profundo da alma. Queremos apenas falar, falar e falar. Muitas vezes não temos nada a dizer, e achamos que dizemos alguma coisa. </p> <p>E o que dizer senão um emaranhado de sandices? Achamo-nos inteligentes, especialistas na compreensão da complexidade da existência humana. Mas apenas relinchamos uma montanha de asneiras, um resultado de pouquíssima leitura, pouquíssima interpretação de texto e pouquíssimo ouvir. A política é um campo onde esse mal mais se manifesta. “Esquerda” e “direita” são dois conceitos vazios de sentido. A necessidade de xingar, de insultar e de desclassificar o outro esvaziaram o sentido desses complicados conceitos, e jogaram a profundidade dessas ideologias no campo da ignorância. A burrice começa a reinar absoluta.</p> <p>Nossas relações com os outros tornam-se frágeis. O mundo líquido é o responsável pela sua diluição, e o motor do mundo líquido é a futilidade. Discussões idiotas e profundamente egocêntricas destroem relações dentro de famílias, amizades e casamentos. Tudo o que é sólido desmancha no mar do imediatismo. Manter relações duradouras desprende uma quantidade enorme de energia e espatifa nosso orgulho. O amor e o afeto gritam por socorro, por se afogarem nesse mar das coisas passageiras. E qualquer salva-vidas que tente trazê-los à areia do mundo é taxado de atrasado e retrógrado pelas mentes tolas. </p> <p>A exigência da vida contemporânea cresce gradativamente. Queremos abraçar o mundo, transformar-nos em “super-humanos”. Por isso, prostituímos o nosso tempo, aparentemente escasso, em trabalho excessivo, cursos sobre todo o conhecimento humano acumulado desde Aristóteles e aulas de idiomas cada vez mais diversos. Movidos por uma ânsia insaciável de lucro, criamos um mercado de trabalho exigente e faminto de atributos divinos, inexistentes em seres limitados. Estar com a família, amigos, gozar de um pouco de diversão, um pouco de música, literatura e arte são tarefas de segundo plano. </p> <p>O fim se aproxima e o homem continua deitado no berço esplêndido da vida fútil e egoísta. Estamos próximos da extinção, onde estaremos presos na mísera casca de nós de nosso ego. Momento em que a vida perderá todo o sentido. </p>Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-58499500044032134612016-08-10T01:10:00.001-03:002016-08-10T01:12:17.693-03:00Esterilizando o Brilhantismo Literário<p><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-5kOhPBkhkH4/V6qpHfk9U-I/AAAAAAAADZ8/RNi63Iq6GEw99xfCCpP8-w-60BQCQkV_ACHM/s1600-h/Library%255B11%255D"><img title="Library" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" alt="Library" src="https://lh3.googleusercontent.com/-NWTJKc1Sa4c/V6qpH61C9QI/AAAAAAAADaA/O1HvxGV2kF8YdRI1w-u-Jom6j2GyXDioACHM/Library_thumb%255B7%255D?imgmax=800" width="650" height="473"></a></p> <p>Em mais uma de suas belas intervenções no <em>Estado de São Paulo</em><sup>1</sup>, o historiador e professor da UNICAMP Leandro Karnal fez referência ao livro <em>Incidente em Antares</em>, de Erico Veríssimo. Referência simultaneamente oportuna e compreensível. O filho desse escritor também é colunista do mesmo jornal, o que dá mais brilho à alusão. Mesmo assim, ela motivou uma reflexão pessoal sobre um assunto um pouco distante do tratado naquela coluna. </p> <p>Ao ver escrito “Incidente em Antares”, minha memória gritou. Eu tenho esse livro! Fui buscá-lo na minha pequena biblioteca pessoal. Um belo livro: grossura considerável (amo livros extensos), capa azul, título grafado em um lindo tom avermelhado e um conteúdo provavelmente enriquecedor. Mas dois aspectos visuais chamam a atenção. Um deles é o nome do autor escrito em caixa alta: Erico Veríssimo, um dos maiores escritores deste país, homenageado por Carlos Drummond de Andrade quando deixou o nosso mundo<sup>2</sup>. Outro é uma espécie de etiqueta. Branca e chamativa, nela está escrito “apoio ao saber” ao lado de uma bandeira do Estado de São Paulo. Sim, é um livro gratuitamente distribuído aos estudantes de escolas públicas estaduais. A partir daí minha reflexão viajou. <p>Uma metáfora bíblica soa boa para o primeiro ponto da minha reflexão. É necessário apenas reduzir seu peso retórico e sua abrangência. "Não atireis vossas pérolas aos porcos" (Mateus 7, 6), aplicada a este contexto, se tornaria "não atireis preciosidades literárias a alunos imaturos". O ato de distribuir gratuitamente livros de grandes autores como o próprio Erico Veríssimo e Carlos Drummond de Andrade é altamente louvável. Livros de altíssima qualidade são entregues àqueles que não possuem condições de acesso aos mesmos, em uma boa parte dos casos. Mas será que esses alunos possuem a maturidade necessária para entender o inestimável valor daquilo que suas mãos seguram? Quantas vezes já não vi livros daqueles jogados pelas ruas! E quanto tempo demorei para entender apenas uma parcela desse valor! <p>A reflexão aprofunda e chega a um segundo ponto. Dias antes da mencionada epifania, assisti a uma das mais famosas intervenções midiáticas do mesmo Karnal: <em>Hamlet de Shakespeare e o Mundo como Palco</em><sup>3</sup>, num programa chamado <em>Café Filosófico</em>. Aliás, lembro das chamadas do <em>Café Filosófico</em> nos intervalos comerciais da TV Cultura, durante minha infância, e do meu julgamento da possível chatice desse programa. Ledo engano: mal imaginava que iria me deliciar com as profundas reflexões despertadas por ele! <p>Voltando à intervenção karnaliana, naquela ocasião, um dos mais importantes intelectuais do país soltou uma frase que evidencia uma verdade nua e crua: "A escolarização do conhecimento é a esterilização do conhecimento". Em outras palavras, ao ensinar na escola grandes autores, eles perdem seu brilho. Alunos intelectualmente imaturos têm contato com preciosidades literárias inestimáveis, e as reduzem ao nível da chatice tediosa. Prova disso é a alcunha dada por muitos a Machado de Assis. O maior escritor do país é apelidado de "Mais Chato de Assis" e obras como <em>Memórias Póstumas de Brás Cubas</em> tornam-se uma pedra no sapato dos estudantes. Em terras britânicas, Shakespeare é ensinado do mesmo método e sofre do mesmo mal. Cabe ressaltar, em um mundo onde um diploma universitário confere um status estéril ao seu possuidor, que tanto Shakespeare quanto Machado jamais pisaram na universidade. Uma informação com várias interpretações possíveis. <p>Ainda sou novo demais para observar com nitidez a imensidão de Machado. Também sou muito novo para, como diz o Karnal, “a melancolia do príncipe”<sup>4</sup>. Mesmo assim uma preocupação me assola: estamos reduzindo a maestria literária à chatice. Não quer dizer que autores contemporâneos desmereçam atenção e valor. Mas o aconchego de um clássico ou de um livro escrito por um grande homem deve ser despido do peso tedioso que nele colocamos e do nosso desprezo por ele. Há muita preciosidade literária esperando para ser consumida! Há um tesouro nas letras esperando para ser encontrado! Temos bússolas ambulantes (muitas vezes denominadas professores) responsáveis por despertar nos alunos a descoberta desse tesouro. Mas não estão amarradas as mãos dessas bússolas com uma certa "burocracia do saber"? <br>__________________________________________<br>1. Leandro Karnal – <em>Lembrar e esquecer ou a vida entre Dory e Funes</em>: <a title="http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,lembrar-e-esquecer-ou-a-vida-entre-dory-e-funes,10000065791" href="http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,lembrar-e-esquecer-ou-a-vida-entre-dory-e-funes,10000065791">http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,lembrar-e-esquecer-ou-a-vida-entre-dory-e-funes,10000065791</a><br>2. Carlos Drummond de Andrade – <em>A falta de Erico Verissimo: </em><a title="http://www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=16407" href="http://www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=16407">http://www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=16407</a> <br>3. <em>Hamlet de Shakespeare e o Mundo como Palco:</em> <a title="https://vimeo.com/126262380" href="https://vimeo.com/126262380">https://vimeo.com/126262380</a><br>4. Leandro Karnal (postagem no Facebook de 28/03/2016): <a title="https://www.facebook.com/prof.leandrokarnal/photos/pb.1603132246595808.-2207520000.1459413682./1696772277231804/?type=1&theater" href="https://www.facebook.com/prof.leandrokarnal/photos/pb.1603132246595808.-2207520000.1459413682./1696772277231804/?type=1&theater">https://www.facebook.com/prof.leandrokarnal/photos/pb.1603132246595808.-2207520000.1459413682./1696772277231804/?type=1&theater</a></p>Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-67313781376251953812016-07-24T18:19:00.001-03:002016-07-24T18:19:57.664-03:00“Vanitas vanitatum”<h3><font style="font-weight: normal"><em><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-ziHmdco8Q_w/V5Uw0bVNGgI/AAAAAAAADZc/ywZ3XCgHuLg/s1600-h/Narciso%252520-%252520Caravaggio%25255B7%25255D.jpg"><img title="Narciso - Caravaggio" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" border="0" alt="Narciso - Caravaggio" src="https://lh3.googleusercontent.com/-BGujgEKR7Fg/V5Uw1EGet3I/AAAAAAAADZg/21OsVj05Xgw/Narciso%252520-%252520Caravaggio_thumb%25255B5%25255D.jpg?imgmax=800" width="534" height="703"></a></em></font></h3> <h3 align="center"><font style="font-weight: normal"><em>"Vanitas vanitatum et omnia Vanitas" </em><sup>1</sup></font></h3> <p>Batizar um texto com uma frase em latim é algo completamente <em>cult</em>. Mera demonstração do capital intelectual de quem o escreve, temperada com um pouco de vaidade. Pensando bem, é considerável utilizar o latim numa redação de vestibular. Afinal de contas, se um candidato diz que algo é uma condição <em>sine qua non</em>, ele não apenas merece a vaga que tanto almeja conquistar. Uma bela cadeira na Academia Brasileira de Letras também cairia bem! Nada como usar um daqueles elegantíssimos trajes dos acadêmicos e participar de uma instituição que foi presidida pelo Bruxo do Cosme Velho (“Machadão” para os íntimos ou Machado de Assis para os outros)! </p> <p>Afastando-se desse universo de letrados e seus figurinos, é válido ir ao banheiro de uma residência dentre as várias que existem na metrópole paulistana. Um de seus habitantes raspa a barba, assim como tantos outros que odeiam ter esse aspecto demonstrativo de idade. Aos poucos, o rosto vai ficando limpo, e a vaidade vai crescendo exponencialmente. Ao final do processo, um sorriso: nosso personagem está jovem novamente! Narciso, se estivesse em seu lugar, deliraria com tamanha beleza!</p> <p>“Vaidade das Vaidades!” Ou melhor, reescrevendo a frase para dar uma elegância maior, <em>“vanitas vanitatum!”</em> Você, o mal presente em cada ser humano que já respirou, respira ou respirará até a extinção dos séculos, não se cansa de coroar cada indivíduo como rei de um reino praticamente existente na cabeça dele! Você, que dá a cada mortal alguns momentos de prazer e vanglória, cega a quem cede as suas vontades! Como o homem pode escapar de você?</p> <p>Quem nunca cedeu às tentações dessa terrível senhora, olhando-se no lago de Narciso moderno (denominado “espelho” ou “câmera frontal”), que atire a primeira pedra! Quem nuca quis ser chamado de “dotô” (ou de CEO, de repente), que atire a primeira pedra! E vamos seguindo a nossa existência: uma eterno teatro de constantes vaidosos! <br>____________________ <br><sup>1 </sup>"Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!” (Eclesiastes 1, 2)</p>Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-45645932184194104712015-12-31T04:18:00.001-02:002016-06-08T18:23:45.493-03:00A pedra da maturidade<a href="https://lh3.googleusercontent.com/-gZSyea85WIA/VoTImjNo7NI/AAAAAAAADYg/6F8p0MvOcls/s1600-h/Caminho-Tortuoso_thumb11%25255B2%25255D.jpg"><img title="Caminho-Tortuoso_thumb11" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" border="0" alt="Caminho-Tortuoso_thumb11" src="https://lh3.googleusercontent.com/-TVtxmVoigbA/VoTInA74LAI/AAAAAAAADYo/T04C7t2nrFI/Caminho-Tortuoso_thumb11_thumb.jpg?imgmax=800" width="646" height="475"></a> <p>Uma possível interpretação para uma obra prima do saudoso Carlos Drummond de Andrade lembra que a vida não é plana: há sempre uma bendita (ou maldita) pedra no meio do caminho. Uma pedra de tropeço que muitas vezes se apresenta, para os exagerados, como a pior desgraça do universo. Mas eis que vem o senhor tempo e modifica radicalmente essa visão: “Um dia perceberás a importância da pedra!” </p> <p>Não ser aprovado no vestibular não é a maior catástrofe da humanidade. O conformismo do mal desempenho na prova gera um pensamento assim, e evita o desânimo. Mas há sempre a encarnação demoníaca em forma de remorso rondando os pensamentos do infeliz reprovado, assim como uma “muriçoca doida”, martelando: “Ah, você poderia ter se dedicado mais! Ah, você poderia ter queimado os seus neurônios estudando 27 horas por dia! Ah, você poderia ter feito 6,02x10²³ exercícios!” . A maldita voz rapidamente vai embora, e dá lugar à voz do senhor tempo: “Viu agora como a pedra foi necessária?”</p> <p>E realmente foi. Foi a melhor coisa que aconteceu! Muitas vezes é preciso existir um tempo de aperfeiçoamento pessoal e amadurecimento para seguir adiante na vida. É esse tempo que faz o indivíduo perceber que algumas coisas são essenciais para todos. Um ano inteiro de aulas do curso pré-vestibular é capaz de virar para baixo a cabeça de alguém, e fazer esse alguém perceber o que poderia ter percebido há muito tempo. Talvez essa seja a essência da maturidade. </p> <p>Tratar os aprendizados do ensino médio, principalmente absorvidos de modo mais rápido no “cursinho” como meras ferramentas para conquistar o sonho de “ver o nome na lista” é possuir uma visão muito superficial do que realmente aconteceu. “Então, o que realmente aconteceu? Ah, já sei! Aprendi como eu vou gabaritar aquela prova elaborada com a influência de entidades isentas de boas intenções (já que a banca fez “páquito”), o que me dará aquela tão sonhada vaguinha!” </p> <p>Pode até dar. Mas, de que adianta sentar nos bancos universitários e não conhecer o mundo ao seu redor? Chegou o momento de perceber a necessidade da pedra! Pedra que possibilitou ao infeliz reprovado melhorar não apenas o seu conhecimento de mundo, mas a sua capacidade crítica de analisá-lo. Ainda mais nos tempos atuais, onde essa capacidade está gradualmente indo para o ralo, e se transformando em insultos e xingamentos, além de uma assustadora polarização. Foi no “cursinho” que o indivíduo aprendeu a perceber as nuances e significados ocultos dos textos que se encontram pelo mundo afora. Foi no “cursinho” que o mesmo confirmou o caráter divino das ciências exatas, por mais difíceis que sejam. Foi no “cursinho” que ele entendeu a importância da análise do passado para compreender o presente. Foi no “cursinho” onde ele aprendeu a ser um verdadeiro cidadão! E ser um verdadeiro cidadão possui uma importância maior do que ser um mero universitário. </p>Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-50879757826783094462015-06-22T03:02:00.001-03:002015-06-22T03:02:49.520-03:00“Unbroken”: um chamado ao amor desafiador<p><a href="http://lh3.googleusercontent.com/-fGl0K_NSwXw/VYek1CBmFUI/AAAAAAAADUc/IFFLhMBDsgA/s1600-h/Unbroken-2014%25255B6%25255D.jpg"><img title="Unbroken-2014" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" alt="Unbroken-2014" src="http://lh3.googleusercontent.com/-Yqw_4yy3cq8/VYek1h7CbrI/AAAAAAAADUg/T7bM0EyWJyA/Unbroken-2014_thumb%25255B4%25255D.jpg?imgmax=800" width="621" height="496"></a></p> <blockquote> <p>“Ora, eu vos digo: amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem!” (Mateus 5, 44)</p></blockquote> <p>O amor que Jesus tanto ensina na Bíblia não se traduz a meras declarações apaixonadas, ou em sentimentos confortáveis e cômodos do coração do ser humano. Tal amor é um verdadeiro desafio para todos nós, pois ele transcende os limites do comum, podendo ser até considerado um “absurdo”, algo praticamente impossível de ser transformado em realidade.</p> <p><em>Unbroken </em>(que, no Brasil, é intitulado <em>Invencível</em>) é um exemplo de como esse “amor absurdo” pode ser real. Imersa em um filme com atuação e fotografia indescritíveis, a história real de Louie Zamperini, uma estrela das Olimpíadas que luta pelo seu país na Segunda Guerra Mundial rebaixa o conceito que muitos têm sobre o que é ser alguém verdadeiramente forte.</p> <p>Nosso militar atleta é submetido ao mais rigoroso sofrimento ao decorrer das cenas. Os fatos ocorridos logo após o acidente de avião são apenas o início da tortuosa sina dele. A captura pelos oficiais japoneses, inimigos dos estadunidenses no contexto do terrível massacre em forma da disputa entre Aliados e Eixo, é a porta de entrada para um terrível inferno com aparência interminável.</p> <p>A força colossal de Zamperini é manifestada nos eventos do final do filme, onde ele prova que é um verdadeiro invencível. É bastante comum o ser humano ser guiado por sentimentos fortes e negativos, mesmo que estes sejam consequência de torturas e sofrimentos intensos. Eis aí o diferencial do herói da história, que só poderá ser corretamente compreendido com a contemplação dessa bela composição cinematográfica dirigida por Angelina Jolie. </p> <p>É realmente tentador “dar spoiler completo” do filme que deve ser visto para despertar as pessoas para a realidade do desafio de verdadeiramente amar. Mas, ouvir as palavras desafiadoras de Nosso Senhor sobre o amor é um bom começo para a compreensão desse inacreditável trama. </p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-64307221060943346382015-01-02T22:25:00.001-02:002015-01-02T22:28:07.820-02:00A sábia “máquina produtora”<p><img style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" src="http://www.zoomnews.es/sites/default/files/images/old/taro_aso_getty_261212.jpg" width="627" height="453"></p> <p>Após uma vida de dedicação à produtividade, é justo que o ser humano mereça um descanso. É a chamada “terceira idade”, tempo onde, na maioria das vezes, há a manifestação da limitação e da fragilidade humanas. Por outro lado, há idosos com o privilégio de possuir uma vida mais saudável, que não devem ser banidos do descanso, embora necessitem compreender os mais sujeitos às limitações da velhice.</p> <p>É exatamente a compreensão que parece faltar ao ministro japonês Taro Aso. Argumentando que os idosos devem “apressar-se a morrer” para desafogar o gasto do Estado com estes, não é levado em consideração o fato de terem contribuído com a sociedade através de seu trabalho, no período em que eram ativos.</p> <p>Nesse caso, também há a nivelação da dignidade humana apenas considerando o seu estado de disponibilidade para o auxílio na movimentação da economia. Em uma sociedade que supervaloriza a produtividade, tal disponibilidade chega a privar o homem de momentos que contribuem para a melhora na qualidade de vida, como a prática de exercícios físicos que o referido ministro costuma realizar.</p> <p>O homem vale muito mais do que aquilo que produz, e tratá-lo apenas como uma “máquina produtora” é esquecer que, além de possuir fragilidade e necessitar do descanso, ele é capaz de, na terceira idade, transmitir a sabedoria que adquiriu na vida, possibilitando a continuidade da raça humana. </p> <p><em>Escrito com base no tema da redação da Fuvest 2014. Disponível em: <a title="http://www.fuvest.br/vest2014/provas/fuv2014.2fase.dia1.pdf" href="http://www.fuvest.br/vest2014/provas/fuv2014.2fase.dia1.pdf">http://www.fuvest.br/vest2014/provas/fuv2014.2fase.dia1.pdf</a>, pág. 12</em></p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-88689381849705753712015-01-02T05:05:00.001-02:002015-01-02T05:05:22.515-02:00Saldo de 2014 e desejos para 2015<p><img style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" src="http://currentupdates4u.in/wp-content/uploads/2014/11/latest-wallpaper-hd-happy-new-year-2015.jpg" width="609" height="472"></p> <p>Para muitos, o ano de 2014, que anteontem apenas tornou-se um mero registro histórico, foi bastante conturbado. Digo que o mesmo aconteceu comigo. Isso porque foi um ano marcado pela garra e pela determinação, visando um objetivo que, infelizmente, é visto como ilusão por muitos.</p> <p>Foi um ano de perdas e ganhos, como o do grande Roberto Gomez Bolaños (sempre me lembrarei que seu funeral foi em um dos dias mais importantes do ano para mim) e do meu avô paterno, que morava no Maranhão. Não tive muito contato com ele, mas quem me dera viver seus 91 anos!</p> <p>Em 2014, definitivamente terminei o curso de inglês na Microcamp, o de Computação Gráfica na Saga e o ensino médio. Mas, eu diria que o último é apenas algo “obrigatório”, e que não é uma conquista bastante válida se o desejo do ingresso do ensino superior não estiver presente. E mesmo com as “zoeiras” do <em>Tsunami</em> e do 3º A em geral, esse desejo foi responsável por horas e horas de preocupação.</p> <p>Mas, de que adianta a preocupação se não há a luta? Deitado sobre os livros, foram vários dias de leitura, resumo, entendimento, prática, em um <em>looping </em>infinito que ainda não está finalizado, além de ajudas de grandes mestres. E o resultado? O acréscimo de 30 acertos no Enem em relação a 2013, e de 7 acertos na Fuvest em relação ao mesmo ano, sem esquecer um calo que cresceu no dedo do meio da mão direita. </p> <p>A mais importante conquista de tal ano foi a subida do primeiro degrau no caminho da conquista de uma vaga na melhor universidade do país, e em uma das mais disputadas. Mesmo assim, a luta ainda não acabou! Ainda há mais um grande degrau a ser ultrapassado, processo que será iniciado dois dias depois da escrita desse texto.</p> <p>É fundamental considerar que o risco de uma queda na tentativa de subir tal degrau é grande. Se ele for ultrapassado, ainda há mais uma luta que será travada e não mencionada agora. Caso contrário, tentarei novamente. Afinal, a vida é feita de quedas e recomeços, além do fato da Fuvest ser realizada todo ano e a USP começar a pensar em novas formas de ingresso. </p> <p>Já estamos em 2015, ano que espero ser marcante. É o ano em que atingirei a maioridade, embora eu considere que ainda penso como um mero adolescente. Ano que, assim como todos, terá suas frustrações e alegrias. Ano que espero ser abençoado e guiado por Deus, na esperança de uma vida nova. </p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-91510824336292984902014-12-22T20:23:00.001-02:002014-12-22T20:23:44.511-02:00O sacrifício que escreve o futuro<p><img style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" src="http://2.bp.blogspot.com/-upgUAHvY_dY/UD1aLnyKd_I/AAAAAAAAAPE/IVnFXk8Okes/s1600/plantar.jpg" width="602" height="485"></p> <p>Em uma sociedade dominada pela cultura do egocentrismo, do hedonismo e da superficialidade, é de fácil constatação que as palavras “sacrifício” e, principalmente “altruísmo”, são levadas cada vez mais para o âmbito utópico, o que não quer dizer que tais ações extinguiram-se da sociedade atual. Sacrificar-se por algo e sacrificar-se pelo outro, entretanto, viraram atitudes de pessoas conscientes e corajosas.</p> <p>É natural o fato do homem buscar uma vida mais fácil, onde seja instantâneo suprir suas necessidades e satisfazer seus desejos, o que gradualmente vem acontecendo ao longo dos tempos. Mas tal facilidade também cria uma “zona de conforto” que fortalece o ego e, consequentemente, gera uma sociedade mais centrada no indivíduo ao invés do coletivo.</p> <p>Não há mais sublime sacrifício do que aquele motivado pela necessidade do auxílio ao outro, sendo tal sacrifício livre de qualquer interesse próprio. São poucos os que têm o altruísmo não apenas como um desafio a ser vencido, mas fazem deste uma missão de vida. Tais pessoas conseguiram renunciar ao conforto próprio e têm em mente a consciência da mútua necessidade do ser humano, e da construção de um novo amanhã.</p> <p>Tanto o presente quanto o futuro devem ser moldados com a certeza da fragilidade humana, o que acarreta na necessidade do auxílio, e com a convicção de que o homem e passageiro, responsável pela preocupação em semear bons frutos para as gerações seguintes. </p> <p><em>Escrito com base no tema da redação da Fuvest 2011. Disponível em: </em><a title="http://www.fuvest.br/vest2011/bestred/temared.html" href="http://www.fuvest.br/vest2011/bestred/temared.html"><em>http://www.fuvest.br/vest2011/bestred/temared.html</em></a></p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-55258956542174431292014-12-15T19:38:00.001-02:002014-12-15T19:38:29.943-02:00A fronteira ética da ciência<p><img style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" src="http://bigbrowser.blog.lemonde.fr/files/2011/06/hiroshima-845x1024.jpg" width="437" height="525"></p> <p>É da essência do ser humano possuir uma fome insaciável pelo conhecimento. Tal fome ajudou na criação da ciência, ferramenta fundamental no auxílio da compreensão da natureza e na possibilidade de tornar mais fácil a sobrevivência de todos.</p> <p>Através do fato do progresso científico ter ultrapassado inúmeras barreiras ao longo dos tempos, pressupõe-se que a ciência é ilimitada. Essa ideia torna-se um equívoco partindo exatamente do princípio do auxílio à sobrevivência.</p> <p>Duas bombas atômicas lançadas sobre o território japonês ao final da Segunda Guerra Mundial são a prova da existência de uma fronteira que não deve ser ultrapassada em âmbito científico: o uso da ciência para prejudicar ou destruir. Até hoje, não há algum conhecimento científico que possa apagar do coração da nação japonesa a dor das perdas ocorridas naqueles tristes eventos.</p> <p>Compreender a natureza é essencial para a criação de um mundo melhor. Entretanto, utilizar essa compreensão de modo negativo é a maior prova de que o uso da ciência sem limites éticos é o melhor caminho para a autodestruição.</p> <p><em>Escrito com base no tema da redação da Fuvest 2009</em></p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-49312930973017663742014-12-08T21:32:00.001-02:002014-12-08T21:45:59.140-02:00Ser livre é discernir informações<p><a href="http://lh6.ggpht.com/-D9dX9ohkic0/VIY09bxyZvI/AAAAAAAADA4/Feus6zXF120/s1600-h/social-media-mega-phone5.jpg"><img title="social-media-mega-phone" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" border="0" alt="social-media-mega-phone" src="http://lh6.ggpht.com/-r6fuuYG_rjU/VIY0-ToqLmI/AAAAAAAADBA/vTEzgLcJaag/social-media-mega-phone_thumb3.jpg?imgmax=800" width="607" height="443"></a></p> <p>O ser humano da atualidade está submetido a uma avalanche de informações bombardeada pelos diversos meios de comunicação, sobretudo os oriundos da internet. A última, entretanto, é uma verdadeira mistura de utilidades e futilidades que correm o risco de serem aceitas igualmente como verdades absolutas.</p> <p>É bastante comum encontrar, nas redes sociais, inverdades e equívocos tratados como reais por parte dos usuários, que são disseminados sem qualquer questionamento. Muitas dessas informações são publicadas por pessoas leigas que as obtiveram através de fontes não confiáveis, resultando, na verdade, em uma “desinformação”.</p> <p>Até mesmo os não leigos são capazes de alterar a verdade. Nesse caso, não está em jogo a transmissão do fato verdadeiro entre si, mas a alteração deste com a finalidade de difundir posições políticas e ideológicas que devem ser aceitas por quem tem contato com tal informação.</p> <p>Para evitar uma “era da desinformação” ao invés de uma “era da informação”, os usuários devem saber selecionar e questionar o que veem nesses meios de comunicação. Por vezes, é recomendável uma consulta maior sobre um fato, a fim de constatar as diferentes posições ideológicas escondidas por trás deste e, além disso, com a intenção de buscar o que é verdadeiro. Porque é até mesmo bíblica a afirmação de que a verdade é a porta para a liberdade.</p> <p><em>Escrito com base no tema da redação da Fuvest 2008</em></p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-37364058516557375822014-06-13T17:02:00.001-03:002014-06-13T17:02:46.332-03:00Uma conquista maior que a Taça<p><a href="http://lh4.ggpht.com/-dE9yT2u5PEw/U5tYw32dDCI/AAAAAAAAC_I/lr4pjZ2ouus/s1600-h/Pontap%2525C3%2525A9%25255B4%25255D.jpg"><img title="Pontapé" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" border="0" alt="Pontapé" src="http://lh3.ggpht.com/-spWMrMHd6JA/U5tYyR0mQDI/AAAAAAAAC_Q/xmv97gcei_w/Pontap%2525C3%2525A9_thumb%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800" width="608" height="324"></a></p> <p>E ontem o Brasil inteiro acompanhou e vibrou com a estreia da Copa do Mundo de Futebol 2014, realizada pela FIFA. Um espetáculo que mexe profundamente com os corações dos brasileiros, e os fazem torcer com todo seu espírito para que a Seleção Brasileira levante mais uma vez a Taça do Mundo. </p> <p>Mesmo assim, um fato importantíssimo ocorrido ontem pode ser comparado à emoção de se levantar a tal taça. Um projeto comandado pelo médico e cientista brasileiro Dr. Miguel Nicolelis, visa devolver o ato de caminhar àquelas pessoas que o perderam, como os paraplégicos e os tetraplégicos. Através de um exoesqueleto, essas pessoas podem dar passos comandados por seus próprios cérebros, e sentirem-se verdadeiros campeões.</p> <p>A ideia era de que um paraplégico, no caso, desse um primeiro pontapé na bola oficial da Copa do Mundo, e isso realmente aconteceu ontem com Juliano Pinto, de 29 anos. O problema é que esse fato não foi digno de uma exibição longa, mas mereceu apenas pouquíssimos segundos na transmissão oficial da FIFA.</p> <p>É evidente, através desses poucos segundos de transmissão, que houve uma certa desvalorização de um projeto inovador, bastante trabalhoso e, principalmente, brasileiro. Uma decepção tomou conta daqueles que esperavam um maior destaque, o que seria mais justo. Mas, não. A Ciência foi praticamente deixada de lado, enquanto o resto do espetáculo foi valorizado.</p> <p>O Brasil não deve ser considerado apenas o “país do futebol”, o que dá a entender que não é capaz de desenvolver algo de deixar o mundo de queixo caído, a não ser os impressionantes dribles de nossos jogadores. Há projetos científicos bastante interessantes e importantes em nosso país, como o <em>Walk Again </em>ou “Andar de Novo”<em> </em>(nome oficial do projeto do exoesqueleto de Nicolelis) que merecem ser divulgados e valorizados. Porque os dribles do futebol não dão o trabalho que uma pesquisa científica dá, e geram apenas o fruto da conquista de uma taça. Enquanto isso, a Ciência dá o fruto de proporcionar um mundo mais fácil para os que almejam, como os que não podem nem sequer dar um chute em uma bola de futebol.</p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-44641761380214465352014-04-02T19:56:00.001-03:002014-04-03T14:50:14.924-03:00O uso cauteloso das redes sociais<a href="http://lh3.ggpht.com/-Vmg5hL-XuwA/UzyVrLK-MjI/AAAAAAAAC-c/E7R5eAZwzQo/s1600-h/Social%252520Networks%25255B5%25255D.jpg"><img title="Social Networks" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" border="0" alt="Social Networks" src="http://lh3.ggpht.com/-jjpQdWIciFo/UzyVsG0iwkI/AAAAAAAAC-k/g94u4EPziSM/Social%252520Networks_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="542" height="433"></a> <p>Desde a sua criação, as redes sociais sempre foram alvo de polêmicas no quesito privacidade. Há quem afirme que esse “canal de vivência digital” seja um potente destruidor da tal privacidade. Porém, os que afirmam isso podem não saber que é possível delimitar quem poderá ver o que é publicado através de simples configurações de privacidade.</p> <p>A internet pode ser comparada a uma multidão de “espectadores”, atentos a cada publicação de cada usuário. Através dessa ideia, é possível afirmar que não é muito agradável o ato de detalhar toda uma vivência de alguém no mundo real, dentro do mundo digital. Essa ação pode acarretar sérias consequências, como o término de um relacionamento amoroso, ou até mesmo a demissão da empresa onde o usuário trabalha, dependendo do que é publicado.</p> <p>Uma maior conscientização por parte dos usuários de redes sociais sobre a cautela de seu uso é urgentemente necessária. E a divulgação dessa conscientização através dos veículos de comunicação em massa seria uma grande ajuda. Contudo, caso os usuários não valorizem essa conscientização, estarão sujeitos às consequências do mal uso de uma ferramenta de comunicação tão poderosa, o que as redes sociais são.</p> <p><em>Redação da Avaliação da Aprendizagem em Processo do Governo do Estado de São Paulo, com o tema “As redes sociais e as relações interpessoais”, 1º sem/2014.</em></p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-74249335423155815462013-12-31T16:46:00.001-02:002013-12-31T16:46:59.415-02:002013: voltando a fita<p><a href="http://lh4.ggpht.com/-BKhUSyKI-J0/UsMRHjOat1I/AAAAAAAAC4M/qOrlK6J4I5M/s1600-h/2013%25255B10%25255D.jpg"><img title="2013" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" alt="2013" src="http://lh3.ggpht.com/-uXBaAfkXTbU/UsMRIaQS8jI/AAAAAAAAC4Q/YJ79mVsZfE4/2013_thumb%25255B4%25255D.jpg?imgmax=800" width="473" height="279"></a></p> <p>Não dá pra acreditar, mas hoje já é dia 31 de Dezembro e passagem para o ano de 2014. É bastante natural ver hoje as pessoas fazerem promessas de melhoras no ano que vem. “Ah, vou ser melhor em tal ponto, etc e tal”. Realmente, o espírito do ano novo provoca isso.</p> <p>O ano de 2013 foi marcado por diversos acontecimentos. Foi o ano que mostrou que estamos muito mais interligados do que pensamos, não somente pela tecnologia, mas pela politica. Os protestos que aconteceram no meio do ano provaram que o povo realmente se preocupa com seu destino e com que o Governo faz com ele. Mesmo assim, me questiono sobre a paralização desses protestos. Se conseguiram, na época, acabar com o aumento de 20 centavos no valor da passagem, por que não cobraram do Governo, com a mesma força, mudanças radicais na saúde e educação no Brasil, ao invés de investirem na Copa que apenas durará um mês?</p> <p>Falando em saúde, a tragédia em Santa Maria da boate Kiss, em Janeiro, mostrou que é preciso preocupar-se com as pessoas que se divertem. De nada adianta a existência de uma infraestrutura para a diversão se essa infraestrutura não é segura. Ou então, qual o motivo da utilização de efeitos pirotécnicos em um local fechado?</p> <p>Em Julho, a visita do Papa para a Jornada Mundial da Juventude realmente provou que boa parte do povo brasileiro tem fé, e fé católica. Foram dias que marcaram profundamente a vida de quem estava lá. Nada como dormir na areia de Copacabana, ou estar a uns 3 metros daquele que é considerado o sucessor de São Pedro na Terra. Ou então, nada como estar com pessoas de diversas nações, portadoras de culturas e costumes tão diferentes dos nossos, mas unidos pela mesma causa. A causa do amor e do seguimento a Jesus Cristo.</p> <p>Falando sobre vestibulares, Enem e Fuvest provaram de modo total e definitivo que a preparação de um aluno do estado para entrar em uma boa universidade é fraca. Esses alunos, por causa dessa fraca preparação, são obrigados a gastarem dinheiro e tempo em cursinhos, que realmente preparam este para uma USP, por exemplo. Mas, com certeza, qualquer aluno do 3º ano do Ensino Médio (ou uma certa maioria) saberia muito bem que existia carbono quaternário nas mãos daquele Nanokid. </p> <p>E a amizade? O que dizer da amizade? Este ano provou que é possível você se ajuntar com um grupo de amigos, e, com eles, divertir-se. Porque a vida não deve ser levada completamente a sério, e um pouco de zoeira (ou o aproveitamento do fato da zoeira ser ilimitada, nesse caso), é excelente.</p> <p>O ano que vem será um ano de diversos desafios e objetivos. O principal deles seria a entrada definitiva no Bacharelado em Ciência da Computação na USP, o que não é um objetivo muito fácil de se alcançar. Mesmo assim, com a ajuda de Deus e de diversas pessoas, isso pode ser considerado possível. </p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-69563895925836465512013-10-28T21:13:00.001-02:002013-10-28T21:13:00.894-02:00Memórias de um treineiro do ENEM<a href="http://lh6.ggpht.com/-LE8_hIpc8rI/Um7vdanKcOI/AAAAAAAACxM/CHpXZvS2rjA/s1600-h/Estudantes%25255B7%25255D.jpg"><img title="Estudantes" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" border="0" alt="Estudantes" src="http://lh6.ggpht.com/-Lb0IDQrLfkM/Um7velZRfHI/AAAAAAAACxU/xUKORJN8rRc/Estudantes_thumb%25255B4%25255D.jpg?imgmax=800" width="541" height="458"></a> <p>No último final de semana, milhões de estudantes prestaram o chamado ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). A prova é realizada todos os anos, e uma de suas finalidades é o ingresso mais fácil em algumas universidades. São 180 questões, sendo 45 envolvendo Ciências Humanas, 45 envolvendo Ciências da Natureza (Física, Química, Biologia), 45 envolvendo Linguagens (Português, Inglês/Espanhol) e 45 envolvendo Matemática. Essa quantidade de questões por matéria já dá uma ideia de quão cansativo e quão difícil é o ENEM.</p> <p>E, realmente, não é uma prova fácil, a não ser que você seja um descendente de Albert Einstein, pois, principalmente a prova de Física vem com questões abordando fórmulas e temas que muitos estudantes nem sonharam em estudar (embora eletricistas tenham chance de se dar bem nessas questões). Química se preocupa com simples fatos do cotidiano, como por exemplo o motivo de fraldas descartáveis serem mais eficientes em absorver água do que fraldas de pano. Ou então, ela se preocupa com a existência de Carbono quaternário nas mãos de bonecos bizarros em forma de moléculas como o tal <em>NanoKid</em>, que também são chamados de <em>Nanoputians</em>. A soma dessas duas matérias, embora Biologia tenha sim suas partes difíceis é igual a uma mente completamente detonada, menos pra quem começou a “chutar”. </p> <p>Matemática é outro problema, capaz de tirar a noção de tempo, espaço e existência de muitos, principalmente de quem fez a redação e respondeu todas as questões de Linguagens primeiro, no 2º dia. E ela se preocupa com coisas bem mais bizarras, como a formação de “carinhas” em plano cartesiano, ou com a vaquinha da fazenda que rende mais. Somente quem realmente tem um cérebro de ferro é capaz de, além de resolver os problemas, manter-se vivo e não “chutar”.</p> <p>A parte de Humanas e Linguagens é relativamente fácil, embora você descubra que em 1960 a preocupação era mais a <em>gazolina</em> brasileira do que um prato de feijão brasileiro. Ou então, que crianças iraquianas entram na Disney sem visto americano. Ou ainda, que a preguiça é a mãe de todos os vícios, e, como mãe, devemos respeitá-la. E quem é fã de Gabriel – O Pensador, deve ter cantado mentalmente quando viu o começo da letra de “Até Quando” (isso aconteceu comigo). De fato, se você lê questões desse tipo atenciosamente e a liga com alguns conhecimentos que aprendeu na escola e na vida, consegue marcar a resposta certa.</p> <p>E o que dizer sobre os efeitos da Lei Seca? Muitos tiveram que gastar neurônios pensando nisso, e ao mesmo tempo, pensando em dissertar de um modo educado (que respeite os Direitos Humanos) e coerente com a norma padrão da Língua Portuguesa. Mas, será que alguém criará e apresentará a receita de miojo 2.0?</p> <p>O ENEM, na verdade, aconteceu em lugares que poderiam ser chamados de mosteiros, graças ao silêncio e concentração na prova (embora isso não tenha acontecido de um modo geral). O bonito não é só ver jovens realizando o ENEM, mas também idosos, que também sonham em entrar em universidades. Em muitos casos, ele leva a conclusão de que muitas escolas não preparam seus estudantes para enfrentá-lo. Mesmo assim, é preciso que os estudantes que fizeram o ENEM lembrem de que o essencial faz a vida valer a pena, ou de que quando a alma fala, já não fala nada. </p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-64924573635278761492013-08-02T23:50:00.001-03:002013-08-02T23:51:27.773-03:00Lembranças da JMJ<a href="http://lh4.ggpht.com/-Ilujb2QgCrM/UfxwC8TQzaI/AAAAAAAACqY/z78zkc40myI/s1600-h/Logo%252520JMJ%25255B6%25255D.jpg"><img title="Logo JMJ" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" border="0" alt="Logo JMJ" src="http://lh4.ggpht.com/-JTg3M5odlLA/UfxwEKcLfvI/AAAAAAAACqc/1hvVg75X1IM/Logo%252520JMJ_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="582" height="348"></a> <p>Ainda não acredito que semana passada estava no Rio de Janeiro, e muito menos em um grande evento católico mundial, junto com 2 milhões de pessoas. E tem certeza que, de sábado para domingo, dormi no calçadão de Copacabana? Pois, é! Estava na Jornada Mundial da Juventude, grande evento da Igreja Católica com a intenção de conquistar os jovens.</p> <p>Criado em 1984 pelo Beato João Paulo II, esse evento ocorre, geralmente, a cada 2 ou 3 anos em países diferentes. Em 2011, o Papa Emérito Bento XVI anunciou que, em 2013, a JMJ seria aqui. Com certeza, foi um orgulho para o nosso país, principalmente para o povo católico.</p> <p>Mas, minha jornada, junto com o povo da Paróquia Nossa Senhora das Graças da Vila Carolina, começou em uma quinta-feira (a JMJ começou na terça). Às dez da noite, finalmente partimos. De início, a zoeira simplesmente gritava dentro do ônibus. Mas, teve uma hora em que o sono falou mais alto, e até a hora de chegada (4:00 de sexta-feira), fomos dormindo.</p> <p>Chegamos na Paróquia Santa Clara em Guaratiba, e a mesma estava lotada de peregrinos. Dormimos lá mesmo, até irmos para a casa das famílias que iriam nos acolher. Eu tive a sorte de ir para a “casa” do Diácono daquela paróquia, que, na verdade, era um sítio cheio de plantações (e bodes). Isso até pegarmos o transporte público do Rio de Janeiro e irmos para Copacabana. Deu uma trabalheira…</p> <p>Copacabana estava lotada naquela sexta-feira, mas, conseguimos um lugar na areia para ficarmos e assistirmos à vigília com o Papa. Assistimos um pouco, e, feito mendigos, fomos comer no McDonalds, onde a fila estava extensa. Depois de pegar uma chuva forte, utilizamos mais uma vez o transporte público do Rio de Janeiro. Eis que todo mundo de um dos ônibus começou a rir com o nosso “Harlem Shake do Busão ‘Fanfonado’” (vídeo abaixo) e aquele dia terminou com nosso grupo “boiando” esperando um ônibus azul.</p> <p>O sábado foi mais complicado. Utilizamos mais uma vez o transporte carioca até chegarmos à Central do Brasil. De lá, partimos a pé até a praia de Copacabana, em uma caminhada de, mais ou menos, uns 9 Km, responsáveis por certas dores e bolhas no pé. Mas, valeu a pena. O duro foi achar um lugar na praia, que estava bem lotada. Mas, achamos, e decidimos ficar lá para dormir. A vigília simplesmente foi tocante, assim como foi tocante ver o Papa de perto no dia anterior, com a passagem do Papamóvel. </p> <p>O Papamóvel também passou no domingo, depois de uma madrugada quase sem dormir. Foi tocante mais uma vez. E me parece que, no domingo, a praia de Copacabana estava mais lotada do que nunca. Era quase impossível se mover. Não fiquei lá a Missa inteira, porque fui comer com uma parte do grupo. Mas estava perto da praia quando o Papa Francisco anunciou que a próxima JMJ será em Cracóvia. Então, “#PartiuEconomizar”.</p> <p>Sim, foi a maior experiência de toda a minha vida. Nunca tinha saído do estado de São Paulo, muito menos para uma JMJ. Um dia, apenas ouvi falar da tal JMJ, na época em que a mesma foi em Madrid, na Espanha. Agora, posso contar pra todo mundo que, mesmo não acreditando, estive em uma JMJ e vi o Papa de perto. Simplesmente fantástico.</p> <p>Queria agradecer aos meus amigos que foram comigo, e agradecer por todo os momentos que passamos juntos, principalmente os de zoeira. E serei eternamente grato pela acolhida que tive lá. Graças à bondade do Diácono Antônio e sua esposa, tive um lugarzinho pra, ao menos, guardar minhas coisas.</p> <div id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:c0a1ce3b-327c-4bfa-b3ca-9c54688eaef1" class="wlWriterEditableSmartContent" style="float: none; padding-bottom: 0px; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin: 0px auto; display: block; padding-right: 0px; width: 601px"><div><object width="601" height="337"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/USTIcV6LNP0?hl=en&hd=1"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/USTIcV6LNP0?hl=en&hd=1" type="application/x-shockwave-flash" width="601" height="337"></embed></object></div></div> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-30783698742059587242013-07-05T22:38:00.001-03:002013-07-05T22:38:26.935-03:00Mestre sem ter defendido tese<a href="http://lh6.ggpht.com/-5ifLNYxYPQg/Udd1DXMlKjI/AAAAAAAACmk/s1I-Yl0CWlY/s1600-h/Prof%2525C2%2525BA%252520Adilson%25255B5%25255D.jpg"><img title="Profº Adilson" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" border="0" alt="Profº Adilson" src="http://lh3.ggpht.com/-vQaj8M-uQ1E/Udd1EevuIYI/AAAAAAAACms/nA3deeXnDEk/Prof%2525C2%2525BA%252520Adilson_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="505" height="399"></a> <p>Basicamente, essas palavras meio “complexas” podem ser consideradas as melhores para descrever o Prof º Adilson. Para quem não sabe, o título acadêmico Mestre só é obtido se o cara elaborar uma tese e defendê-la perante uma mesa julgadora e o público. Mas, o Profº Adilson não precisou disso para ser chamado de Mestre. </p> <p>Na verdade, será mesmo que ele era um professor? Será que somente essa palavra que pode descrevê-lo? Na verdade, não. Pra quem conheceu essa pessoa maravilhosa, a melhor palavra para defini-lo seria “pai”. Sim, essa mesmo. Ele próprio falava que “cuidava” de seus alunos, e que se visse algum deles “aprontando” na rua, ele pararia o carro e iria bater um papo (os “papos” dele tinham o poder de mudar completamente uma pessoa). Não ensinava somente aquilo que a escola pede, mas, também ensinava o que a vida exigia, com suas “rodinhas” e dinâmicas.</p> <p>Ainda lembro do dia em que, na 7ª série, tive que apresentar um seminário para três salas ao mesmo tempo (o Profº Adilson amava seminários). Foi tenso, mas, consegui. Diziam as meninas na época, que ele estava chorando, com muito orgulho de mim. Mas, lembro que dias antes, ele me perguntou se eu queria realmente fazer esse seminário. Disse que sim. Mas, hoje vejo que aquele “sim” não foi um “sim” qualquer. Naquele “sim”, estava falando: “lógico que sim, porque você explicou tudo e me deu a coragem de falar esse ‘sim’”. Realmente, ele explicava. Não era daquele tipo de professor de “passar a matéria na lousa e o resto os alunos se viram”. Ele parava, e explicava. Praticamente, conseguia enfiar o conteúdo nas nossas cabeças.</p> <p>Mas hoje, ele se tornou mais um morador da casa do Pai. Bem recompensado, pois, analisando sua trajetória, é fácil perceber que ele era um dos homens com coragem e esperança de que os jovens seriam capazes de tornar o mundo melhor. E é exatamente por isso que ele não somente passava Geografia, ou História. Passava “lições de moral” para todos nós. E essas aulas eram realmente maravilhosas…</p> <p>Como todo grande homem, ele vai deixar saudades nos corações de todos aqueles que o amavam. Mas, a saudade jamais deve ser vista como algo doloroso. Saudade é, na verdade, a certeza de que aquilo que vivemos no passado foi bom. E foi bom ter ele como professor por um ano. Foi bom ele ter passado os seminários dele. Foi bom ele ter feito suas “dinâmicas” que sempre passavam uma mensagem, por mais fortes que essas dinâmicas eram. Foi bom ter conhecido esse homem.</p> <p>Grande Mestre, descanse em paz, pois você merece!</p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-40687533853044664532013-06-19T15:46:00.001-03:002013-06-19T15:46:57.014-03:00E o Brasil Acordou!<a href="http://lh6.ggpht.com/-08bZGVCsdVg/UcH8nAr0YFI/AAAAAAAAClM/Q1u_K2GzYGY/s1600-h/Mainfesta%2525C3%2525A7%2525C3%2525A3o%252520no%252520Congresso%252520Nacional%25255B4%25255D.jpg"><img title="Mainfestação no Congresso Nacional" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" alt="Mainfestação no Congresso Nacional" src="http://lh3.ggpht.com/-ZOn6ROJCOT0/UcH8nwPqj0I/AAAAAAAAClU/ww_PH0kYUKc/Mainfesta%2525C3%2525A7%2525C3%2525A3o%252520no%252520Congresso%252520Nacional_thumb%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800" width="534" height="374"></a> <p>Como está em uma imagem compartilhada esses dias no Facebook, o Brasil alterou seu status de “Deitado eternamente em berço esplêndido” para “Verás que um filho teu não foge à luta!” De fato, o Brasil acordou e foi às ruas, contestar quem “cuida” dele. Mas, por que ir às ruas e contestar de quem cuida de nós? Simplesmente, por causa que estes não cuidam direito!</p> <p>O aumento de apenas 20 centavos na passagem de ônibus em São Paulo foi o verdadeiro estopim para tudo isso. Isso parece uma idiotice, mas, não é. Muitas pessoas pegam ônibus todos os dias e, multiplicando esses 20 centavos por essas pessoas e pelos dias que usam o transporte público, isso dá um valor monetário alto, que vai para o bolso do Governo. Na verdade, o Governo já dá suas facadas através dos altos e abusivos impostos cobrados neste país, o que dá mais dinheiro e lucro ao mesmo.</p> <p>Tendo um Governo que não sabe administrar e aproveita esse dinheiro para benefício próprio, é lógico que o povo vai às ruas protestar! Ao invés de investimentos pesados em saúde, educação e transporte de qualidade, agora o foco é investir na Copa do Mundo, que não será o ano de 2014 inteiro. A Copa será apenas um evento passageiro, e a necessidade de serviços públicos de qualidade é eterna. Estádios de futebol são formados de grama (que pode ser sintética), traves e arquibancada, e não de leitos e salas de aula. E não são eles que farão o Brasil ser considerado um país desenvolvido. </p> <p>As manifestaçõs, pelo que percebe-se são divididas em dois grandes grupos: vândalos aproveitadores e ativistas pacíficos. A ação do primeiro grupo é simplesmente ridícula: começam a quebrar a cidade inteira, e inclusive lugares que não têm uma relação com a situação, e saqueiam lojas, aproveitando-se de toda a situação negativa. Já o segundo mostra que os verdadeiros manifestantes são aqueles que, através da guerra pacífica, tentam conseguir uma situação melhor para o país. Protestar não é começar a quebrar tudo o que vê pela frente, mas, é contestar duramente as ações do Governo. </p> <p>Não somente os manifestantes que estão contra o governo. A Polícia, mostra-se como uma força opressora contra os manifestantes, inclusive mostrada na primeira página do <em>The New York Times</em><sup>1 </sup>de hoje. Mesmo assim, essa opressão não é fruto direto dos policiais, e sim de seus comandantes<sup>2</sup>. Muitos policiais são contra essas ordens cruéis, e estão partindo para a desobediência, que é um jeito pacífico de tentar resolver o problema.</p> <p>Será que todo esse conflito dará em alguma coisa? “Será que vamos conseguir vencer?” Tomara que vençamos! Mesmo assim, o Governo já percebeu que a força do povo é grande, e não adianta a Excelentíssima “Presidenta” da República elogiar a pacificidade de muitas manifestações, se não arregaça as mangas, “toma vergonha na cara” e muda esse país! Caso contrário, a guerra continuará!</p> <ul> <li><sup>1 </sup>Página principal do <em>The New Work Times</em>, 19/06/2013: <a href="http://www.nytimes.com/images/2013/06/19/nytfrontpage/scan.pdf">http://www.nytimes.com/images/2013/06/19/nytfrontpage/scan.pdf</a> <li><sup>2 </sup>Desabafo de um policial em relação às manifestações (vale a pena ver): <a href="https://www.facebook.com/photo.php?v=637452516282283">https://www.facebook.com/photo.php?v=637452516282283</a></li></ul> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-57857592741074788352013-05-01T21:17:00.001-03:002013-05-01T22:36:18.302-03:00Somos todos eternos<p dir="ltr"><a href="http://lh5.ggpht.com/-7mTcaEGAF3s/UYHDCpc9pkI/AAAAAAAACg0/P1Wermxc66M/s1600-h/Tempo%25255B5%25255D.jpg"><img title="Tempo" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" alt="Tempo" src="http://lh3.ggpht.com/-A09Rb4TAigE/UYHDENbFGWI/AAAAAAAACg8/nEiyaCSvw0c/Tempo_thumb%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800" width="534" height="352"></a></p> <p dir="ltr">A ideia de que somos eternos já é defendida há muito tempo por diversas religiões. A questão da vida após a morte é vista por elas não como um "fim", mas geralmente como um "novo começo", ou como o início de uma "nova vida". Mesmo assim, a ideia de que os homens são eternos não é dita apenas pelas religiões, mas, pela própria sociedade em que vivemos, que eterniza diversas pessoas falecidas há séculos. Ou então há milênios, como no caso de diversos intelectuais que viveram em tempos bastante remotos. </p> <p dir="ltr">Mas, por que isso acontece? Exatamente por causa de seus grandes feitos, e porque ajudaram a humanidade a ir pra frente. Sem eles, estaríamos mais que atrasados hoje em dia. Ou seja, indo por essa lógica, podemos concluir que uma dica para ser "eterno" é realizar um grande feito para a humanidade. É através de obras que podemos eternizar nossas pegadas no mundo. Infelizmente, há também aqueles que foram eternizados por feitos nada positivos, e hoje são lembrados como terríveis vilões. </p> <p dir="ltr">Mesmo assim, não são todos que têm esse privilégio. Não são todos que vão fazer grandes feitos pela humanidade. A estes também é reservada a "eternidade"? Sim, mas isso vai depender de apenas algumas pessoas, como família e amigos. Quando vivemos, começamos a fazer parte de um grande mundo observador, e se começamos a interagir com este, nossas chances de nos tornarmos eternos aumentam. Após a morte, ao menos uma pessoa terá lembrança de nós. Mas, para que nos tornemos eternos de fato, é preciso que essa lembrança seja citada e passada a outro.</p> <p dir="ltr">Somos todos eternos nesse mundo, embora nossa eternidade dependa das pessoas que nos rodeiam, ou que nos conhecem. Mas, nossa eternidade pode ser tanto positiva, quanto negativa. O que estamos fazendo para definir se nossa etenidade vai ser positiva ou negativa? Como queremos ser lembrados após a nosa morte?</p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-91628332043232446942013-02-06T16:11:00.001-02:002013-02-06T16:11:58.673-02:00Desabafo de um estranho<a href="http://lh6.ggpht.com/-tJWiXClvFnM/URKc5-igI3I/AAAAAAAACeU/s8Ed9K3ZlPM/s1600-h/Solid%2525C3%2525A3o%25255B4%25255D.jpg"><img style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto" title="Solidão" border="0" alt="Solidão" src="http://lh4.ggpht.com/--h3p-Hu8aSg/URKc7bWUGBI/AAAAAAAACec/ys0Nnptmruw/Solid%2525C3%2525A3o_thumb%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800" width="493" height="386"></a> <p>De fato, muitas pessoas me veem como alguém “estranho”. Ou então, já devem ter me visto assim. Notam algo de diferente em meu ser. Não. Não falo da “inteligência”, mas, de um jeito “estranho” de ser mesmo. Talvez desengonçado, talvez sem jeito, sei lá… Para os que pensam assim, digo que eu era muito mais estranho na infância. </p> <p>Qualquer criança comum faz bizarrices no seu período de infância. Gostam de se divertir, ou de transformar a vida dos mais velhos em um verdadeiro inferno (falo de crianças terríveis). Suas diversões variam. Muitos brincam de bola, muitas de boneca, ou daquelas brincadeiras antigas, mesmo que as crianças de hoje prefiram tablets e todo o tipo de eletrônicos. Eu também me diverti na minha infância, mas, eram diversões estranhas. Amava quando colocavam a máquina de lavar para centrifugar, por exemplo, porque era fascinado por coisas girando. Ficava todo o período de centrifugação em frente daquela coisa. Ou então, pegava qualquer objeto de forma circular, rodava-o em uma velocidade extrema no chão, e ficava mexendo meus braços e minha cabeça de uma forma completamente estranha. Criava meus próprios brinquedos através de transformações. Para mim, um recipiente de amaciante de roupas transformava-se em uma perfeita câmera, e um tubo de cola bastão era um microfone.</p> <p>Minha “inteligência” também vem de tempos bem remotos… Aos 4 anos de idade, já sabia ler. Mas, lia de uma forma extraordinária. Era preso em interesses que variavam de tempos e tempos, e meu assunto nas conversas eram exatamente esses. Quando falava deles, sentia que os dominava. Talvez, era visto como um “especialista mirim”, ou algo do gênero. Também, infernalmente, viro a cabeça de uma forma desengonçada, e, muitas vezes, quero ficar sozinho. </p> <p>De onde vem tanta estranheza em mim? Foram anos de consulta na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) até descobrirem que sou portador da Síndrome de Asperger. Parece um nome estranho, mas, antes de entender o que é Asperger, é preciso lembrar da televisão. Quem assiste a série <em>The Big Bang Theory</em>, percebe que o personagem Sheldon Cooper é diferente. Ele também tem um jeito desengonçado de ser, nerd, anti-social e domina sua área, que é Física (tanto que é doutor em “Teoria das Cordas”). O Sheldon é portador da Síndrome de Asperger.</p> <p>Na verdade, ela é uma forma leve de um problema mental gravíssimo chamado “autismo”. Autistas verdadeiros são pessoas que convivem em seu próprio mundo, muitas vezes não ligando para o mundo exterior. Mas, Aspies (portadores da Síndrome de Asperger) têm grandes diferenças em relação aos autistas. </p> <p>Aspies são pessoas destacadas em qualquer ambiente. Isso porque demonstram uma inteligência espetacularmente rara. São pessoas com extrema capacidade de aprender, principalmente coisas relacionadas à área de exatas, e podem demonstrar essa capacidade quando explica essas matérias, por exemplo. Geralmente possuem um interesse restrito em uma área específica (o meu é Computação) e tornam esse interesse seu principal foco, tanto em estudo quando em conversas. Um aspie pode muito bem chegar em uma pessoa e falar: “Olha, você sabia que a linguagem C é uma das primeiras linguagens de programação, e que ela é responsável por boa parte da execução dos grandes sistemas operacionais como o Linux?” </p> <p>Também podem demonstrar movimentos estranhamente desajeitados, que, no meu caso, é virar a cabeça. Isso, às vezes, é um inferno pra mim. É a coisa que mais me faz parecer estranho. Mesmo assim, a grande dificuldade do portador de Síndrome de Asperger é a relação com as pessoas. Geralmente, são isolados, e, algumas vezes, não possuem amigos (o que não é o meu caso, por mais que, às vezes, eu tenha vontade de passar longos momentos sozinho). Conviver com as pessoas, muitas vezes, é um desafio. Não são muito criativos para conversas. Muitos aspies, por causa desse isolamento extremo, são condenados à passarem uma vida inteira em uma constante solidão. Mesmo nas conversas, os aspies não conseguem manter seu rosto fixo em seu interlocutor: têm uma extrema dificuldade de olhar nos olhos das pessoas. Como o Sheldon Cooper, podem conversar utilizando uma linguagem bastante “acadêmica”. </p> <p>Estes são apenas sintomas básicos de um problema que muitos possuem. Mas, a cura de um aspie vem com o tempo. Cientificamente, a Síndrome de Asperger é incurável. Mas, com a ajuda de amigos e pessoas próximas, e também de sua própria vontade de vencer, um aspie pode tornar-se um vencedor.</p> <p>Sinceramente, acredito que estou vencendo a Síndrome de Asperger aos poucos. Começando a me relacionar com o mundo, por exemplo. Sei que ela não vai sair inteiramente do meu cérebro, mas, o costume com ela existe. Não somente isso, mas, no fundo, também existe a vontade de conhecer um mundo que, provavelmente, quer acolher-me. </p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-39081811838276871372013-02-03T21:20:00.001-02:002013-02-03T21:20:36.764-02:00O lado oculto da Internet<a href="http://lh5.ggpht.com/-ikNGjEDaXko/UQ7wwfmBD_I/AAAAAAAACdw/OWlMHLHNjy4/s1600-h/Mist%2525C3%2525A9rio%25255B4%25255D.jpg"><img style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto" title="Mistério" border="0" alt="Mistério" src="http://lh6.ggpht.com/-c8_h9HhH11s/UQ7wwzekLtI/AAAAAAAACd4/v48PRkct5-I/Mist%2525C3%2525A9rio_thumb%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800" width="517" height="340"></a> <p>É impressionante o modo como vemos a Internet. Nos surpreendemos quando, através de algum gadget, conseguimos entrar em uma quantidade imensa de páginas. Isso, através de uma grande rede chamada de “Internet”.</p> <p>Mesmo assim, a Internet pode ser vista como um iceberg, como aquele que acabou com o Titanic. O que acessamos é a parte de cima, que fica no oceano. São páginas enviadas por grandes computadores, chamados “servidores” até nós, sem precisar passar por “criptografia” (o ato de esconder uma página para protegê-la). Páginas como o Facebook, Google, Wikipédia e qualquer site que entremos são assim, a não ser que precisem de senhas, por exemplo.</p> <p>Parece ser muita coisa, mas, isso não é nada perto da outra parte extensa do iceberg, que chama-se <em>Deep Web</em>. É uma grande parte da Internet, onde as páginas são criptografadas, ou seja, serviços como o Google não podem encontrá-las. São páginas protegidas por códigos, para ser mais exato. Muitas pessoas que entram na Deep Web acusam os grandes serviços de Internet de entrarem muito na privacidade dos usuários. Isso porque podemos ser monitorados pela nossa navegação na Internet, o que não ocorre com a Deep Web.</p> <p>Quem se depara com essa pequena definição de Deep Web, já imagina que é um universo perigoso, cheio de besteiras e crimes. Ou então, quer se aventurar por esses “mares desconhecidos”. Mas, antes, é preciso estar seguro do que está fazendo. Sem um computador seguro, é impossível navegar na Deep Web, pois lá, existem crackers que podem danificar nossos sistemas, talvez de modos piores dos que podemos imaginar. Portanto, se quiser conhecer a Deep Web, use um método seguro. No meu caso, quando eu acessar, usarei uma máquina virtual (um computador virtual) rodando Linux.</p> <p>Em relação ao conteúdo, a Deep Web tem sua parte negra e sua parte boa. Segundo relatos de pessoas que acessaram ela, algumas coisas que lá existem te impedem de dormir, tais como fetiches estranhos e métodos de homicídio. Sites de pornografia e até assassinos de aluguel são normais lá. Mesmo assim, temos que também dar valor à parte boa da Deep Web. Lá também existem livros extensos sobre diversos temas, conteúdos sobre programação ou coisas desse tipo, e até algumas redes sociais, como uma espécie de Twitter, por exemplo.</p> <p>Muitas pessoas ainda não sabem que ela existe, tal como os Europeus não imaginavam que a América existia. Ou então, pessoas que estão terminando de ler esse texto agora também nem imaginavam a existência da Deep Web. Mas, ela está aí. Mesmo assim, é um universo perigoso de se navegar. </p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-20871540186603022132013-01-27T18:42:00.001-02:002013-01-27T18:42:27.809-02:00A tragédia da madrugada<a href="http://lh5.ggpht.com/-hEkgopDDxiQ/UQWRLSdOOLI/AAAAAAAACdM/XQAmFHZNlCU/s1600-h/Treg%2525C3%2525A9dia%252520Kiss%25255B5%25255D.jpg"><img style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto" title="Tregédia Kiss" border="0" alt="Tregédia Kiss" src="http://lh3.ggpht.com/-iaQIdVkVziI/UQWRMeFU6KI/AAAAAAAACdU/XfCp85ZYaQU/Treg%2525C3%2525A9dia%252520Kiss_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="539" height="386"></a> <p>Hoje, 27 de Janeiro de 2013, o Brasil chora. Chora pelos sonhos perdidos, pelos futuros jogados fora, e por vidas que não voltam mais. Chora também pelo erro, erro que poderia ter sido muito bem evitado. </p> <p>Fico imaginando as famílias reconhecendo os corpos das vítimas daquela tragédia. Imagino mães, pais, amigos próximos, completamente inconsoláveis com tudo o que aconteceu. Com a inocência de jovens que simplesmente queriam se divertir. Simplesmente queriam curtir a noite, queriam se reunir, queriam festejar juntos a alegria de viver. Também imagino os bombeiros trabalhando na madrugada, tentando controlar o incêndio, socorrendo pessoas e resgatando corpos. Um relato que vi agora há pouco mostra que estavam comovidos com os celulares dos jovens tocando toda hora. </p> <p>Agora, temos mais 233 anjos no céu. Anjos que poderiam ter ficado aqui na terra mais um pouco, mas, devido a algumas “falhas”, não ficaram. Como que aqueles seguranças fecharam a porta, e não perceberam as chamas dentro da <em>Kiss</em>? Como que, também, a <em>Kiss</em> estava funcionando, sem qualquer segurança? Como foi noticiado pela imprensa, a boate estava com a licença contra incêndios atrasada desde o mês de Agosto do ano passado. Isso prova que a fiscalização ainda é fraca.</p> <p>O duro é que, muitas vezes, temos que ter tragédias para “acordar” as autoridades e alertar o povo. Para que todos aprendam, muitas vezes, muitas vidas têm que ir embora, principalmente de formas trágicas como a que vimos hoje. Se tudo fosse bem pensado, talvez, essas tragédias poderiam não terem acontecido. </p> <p>Sinceramente, devo elogiar o papel de mãe da presidente Dilma. O povo brasileiro realmente precisava dela, como disse quando estava no Chile, há algumas horas atrás. Não somente ela merece elogio, mas, todos aqueles que, por amor, se arriscaram para salvar vidas e tiveram coragem de resgatar os corpos dos que já tinham partido. Os jovens que estavam dentro da boate também devem ser elogiados, pois, ouvi relatos de ajuda mútua entre eles. Também médicos, psicólogos e tantos outros profissionais, que trabalham nesse momento, são dignos do mesmo mérito. </p> <p>Agora, com as consequências, será que alguma coisa vai mudar? Será que existirá mais fiscalização e responsabilidade? Ou mais vítimas terão que sofrer? É esperar para ver. Por enquanto, é hora de, ao menos, rezar pelas almas desses jovens e dos parentes e amigos deles, que tanto estão sofrendo. Também rezar por aqueles que sobreviveram, que terão de ter esse trauma pelo resto da vida. </p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-30084683987774120752013-01-22T19:34:00.001-02:002013-01-22T19:34:30.895-02:00Análise do filme “O Resgate de um Campeão”<a href="http://lh3.ggpht.com/-kZv0pf4ZSOo/UP8F3VuWIII/AAAAAAAACco/mjNiwv2T_yg/s1600-h/O%252520Resgate%252520de%252520um%252520Campe%2525C3%2525A3o%25255B5%25255D.jpg"><img style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto" title="O Resgate de um Campeão" border="0" alt="O Resgate de um Campeão" src="http://lh3.ggpht.com/-6WkBE0ESWko/UP8F5LGDNoI/AAAAAAAACcw/2ss_k2cFHSs/O%252520Resgate%252520de%252520um%252520Campe%2525C3%2525A3o_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="515" height="370"></a> <p>Talvez este seja um dos filmes mais reflexivos que já vi. Sua temática forte e o modo com que as cenas do filme tratam essa mesma temática, fazem com que o filme mexa no mais profundo do nosso ser. Profundo este onde guardamos nossos sentimentos, nossas reflexões, nossas visões do mundo.</p> <p>Sobretudo, <em>O Resgate de um Campeão</em> trata da questão do erro. Erro que, muitas vezes, nos torna seres perdidos e vingativos, como aconteceu com o personagem Erik Kernan Jr. Mas, Kernan cometeu esse erro graças ao “campeão”, que se dizia “Bob Satterfield”, mas que era Tommy Kincaid. Por que Kincaid foi capaz de estragar a reputação de Kernan, que tanto queria crescer no jornal? Porque ele também queria ser grande, também queria ser um verdadeiro campeão.</p> <p>Tanto Kernan quanto Kincaid queriam surpreender. Ambos eram considerados “fracassados, derrotados”, e, buscaram um meio de serem vistos como heróis, cada um do seu jeito. Enquanto Kincaid se dizia “campeão”, Kernan escreveu uma matéria sobre esse “campeão”. Matéria que, na verdade, era uma farsa, graças às mentiras de Kincaid. Os dois tiveram uma briga agressiva, mas, que foi resolvida com a força do perdão. Também Kernan queria mostrar-se um herói para seu filho, mentindo para ele. Dizia que conhecia várias celebridades e, quando seu filho queria conhecer, era barrado. </p> <p>Como consertar o pior erro de sua vida? Foi um desafio para Kernan consertar aquele erro da matéria, que o garantiu uma promoção de cargo e uma exibição na <em>Show Time</em>. Mas, ele conseguiu. Seu desafio foi consertar o erro com aquilo que sabia fazer: escrever. E, basicamente, ele escreveu um texto que resume o filme inteiro. Um texto bastante tocante: </p> <blockquote> <p>“Um escritor, como um pugilista, precisa ficar sozinho. Ter suas palavras publicadas é como entrar num ring: coloca seu talento em evidência, e não há onde se esconder.</p> <p>Eu nunca quis escrever uma história sobre mim, ou meu filho. Ou sobre amor, ou das mentiras que, algumas vezes, surgem por amor. Eu vou dizer algo sobre o homem que eu chamava de "campeão", e que todos chamavam de "campeão". Ele foi, antes de tudo, meu amigo. E foi também um mentiroso. Mas foi porque ele tentava ser alguém melhor do que realmente era, ou foi por causa de uma força mais poderosa do que um filho querendo a admiração de seu pai, ou o pai querendo a admiração de seu filho?</p> <p>Às vezes, precisamos da ajuda da imaginação para atingir este nível. Porque não é uma tarefa fácil ser o mais forte, o mais esperto, o mais querido homem do planeta. E o momento mais triste do que aquele, é quando nosso filho descobre que não somos o super-homem que criamos. Ou ainda, como Herman Melville um dia escreveu, "um homem de valor".</p> <p>As mentiras que vem do amor machucam tanto quanto as outras. Legado dos campeões, eu suponho, é a inspiração para a verdade, e da beleza que pode emergir dela. Uma beleza que deixa nossos filhos nos admirarem incondicionalmente. Amar-nos incondicionalmente, como eu amo o meu filho, "mucho grande". <br>(Erik Kernan Jr. – <em>O Resgate de um Campeão</em>)</p></blockquote> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-50301409758470313562013-01-16T21:58:00.001-02:002013-01-16T21:58:32.711-02:00Vilões e mocinhos digitais<a href="http://lh6.ggpht.com/-qs8GcBXfP_s/UPc-odYFk_I/AAAAAAAACcE/zExl6y0Wa60/s1600-h/Digital%25255B5%25255D.jpg"><img style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto" title="Digital" border="0" alt="Digital" src="http://lh5.ggpht.com/-px1P1_6rN4Q/UPc-p_pimCI/AAAAAAAACcM/WqmQlNx2JX4/Digital_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="524" height="321"></a> <p>Todas as coisas do mundo têm seu perigo. E a internet é a mesma coisa! Estamos facilmente sujeitos a ataques de vírus e pessoas mal-intencionadas. Mas, quem são essas pessoas mal-intencionadas?</p> <p>De modo errôneo, é comum chamá-los de hackers. Ou seja, para o povo em geral, hackers são pessoas que devem ser combatidas, por representarem uma ameaça para todos. Essa é uma visão bastante equivocada e preconceituosa sobre esses eles. </p> <p>A palavra "hacker", em tempos mais remotos, definia que uma pessoa possuia habilidades extraordinárias em alguma coisa. Se, por exemplo, existisse alguém bom em cozinhar, esse alguém poderia ser chamado de "hacker de cozinha". Mas, nos tempos atuais, o verdadeiro significado de hacker é de uma pessoa que possui conhecimentos avançados em computação, tais como o domínio de linguagens de programação (que, para muitos, não passa de "códigos estranhos") e o entendimento de um sistema operacional de modo completo, ou melhor, são aqueles "realmente bons" em computação Essas pessoas usam esse conhecimento para o bem, mas, muitas vezes, a noção de bem dos hackers vai contra a lei. Grupos como os Anonymous, por exemplo, vivem invadindo sistemas computacionais de empresas que "manipulam" o povo, principalmente as instituições governamentais. Isso para defender os que sofrem, os que são manipulados pelo "poder". Outros, invadem sites para descobrirem falhas, e prestam uma grande ajuda. </p> <p>Ao contrário dos hackers, os crackers usam esse conhecimento avançado em computação exclusivamente para o mal. Com muita maldade, invadem bancos, por exemplo, e roubam dinheiro de contas, usando-o para benefício próprio. Também, exploram as falhas dos sistemas operacionais e criam vírus para destruí-los. Mesmo assim, são inimigos distantes perto de outros: os lamers.</p> <p>Para ser um hacker ou cracker, é preciso um estudo intenso. É preciso ter conhecimentos em Unix e programação, por exemplo. Agora, para ser um lamer, é só necessário ser um usuário comum de computador. Lamers, na verdade, são aquelas pessoas que "se acham crackers". Buscam tutoriais na Internet para invadirem contas do Facebook, por exemplo, ou baixam vírus prontos para enviarem à outras pessoas. Também representam um perigo...</p> <p>A proteção contra esses "perigos" é altamente necessária. Mas, também, é preciso conhecer mais sobre eles, e utilizar os termos necessários para apontá-los. Ou seja, hackers não são maus, como muitos pensam. </p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9208841239338584102.post-83162598840373238552013-01-10T18:10:00.001-02:002013-01-10T18:10:24.993-02:00Uma definição sobre a morte<a href="http://lh5.ggpht.com/-fx51TLFxZmQ/UO8gK_lytmI/AAAAAAAACbg/kp0CtkE7jdE/s1600-h/Rosa%252520Negra%25255B5%25255D.jpg"><img style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto" title="Rosa Negra" border="0" alt="Rosa Negra" src="http://lh5.ggpht.com/-dpwvNZHHN9g/UO8gL3PaIKI/AAAAAAAACbo/rRFAXpaHEyY/Rosa%252520Negra_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="522" height="417"></a> <p>Hoje, minha cadela mais velha, July, faleceu. Ela estava com aproximadamente 23 anos, o que na idade humana equivaleria a uns 115 anos, e já estava doente. Também, faleceu hoje aquela mulher grávida que levou um tiro na cabeça, para quem acompanha os jornais. São dois casos aparentemente distintos, mas, quem têm em comum uma coisa: a morte.</p> <p>Como todo mundo fala, a morte é a única certeza que temos na vida. Um dia, não somente nós humanos, mas, todos os seres que têm vida, irão morrer. Mas, fico aqui pensando: o que deve ser o ato de morrer? O que é a morte?</p> <p>No mundo em que vivemos, podemos encontrar diversas respostas para essa pergunta. Diversas religiões defendem a teoria de que a morte é uma “passagem” deste mundo de sofrimentos e dor, para um mundo de paz e alegria. Enquanto isso, a ciência explica que a morte é a perda da função de um organismo, ou seja, é quando o mesmo para de funcionar. E nós, o que poderíamos dizer da morte?</p> <p>Para nós, humanos, a morte, provavelmente, é um tempo de tristeza. Quem perdeu um ente querido, principalmente se essa pessoa tinha laços bastante fortes, sabe do que falo. Talvez seja o momento de derreter-se em lágrimas, com a certeza de que essa pessoa nunca mais irá estar presente em nossa convivência. Ou então, é momento de remorso. O momento de pensar coisas como “poderia ter sido melhor com essa pessoa”, ou “poderíamos ter convivido melhor”. Para os mais esperançosos, é o momento de entender que essa pessoa está “em um lugar melhor”. </p> <p>Mesmo assim, acredito que a morte seja a incógnita que define o que estamos fazendo aqui. Ela vem como uma surpresa, e podemos não estar preparados para recebê-la. Mas, como seria essa preparação? A vida. A preparação para a morte é o simples ato de viver. Viver e conviver bem com as pessoas, por exemplo. E também, deixar um legado. Não adianta viver, se não fizermos algo de importante. Precisamos deixar alguma coisa para as próximas gerações, nem que seja uma simples sementinha do tamanho de uma semente de mostarda, como já nos diz a Bíblia. Por isso, curta a vida! Ela pode ser curta! </p> Carlos Marqueshttp://www.blogger.com/profile/17761683741813798821noreply@blogger.com0