domingo, 27 de janeiro de 2013

A tragédia da madrugada

Tregédia Kiss

Hoje, 27 de Janeiro de 2013, o Brasil chora. Chora pelos sonhos perdidos, pelos futuros jogados fora, e por vidas que não voltam mais. Chora também pelo erro, erro que poderia ter sido muito bem evitado.

Fico imaginando as famílias reconhecendo os corpos das vítimas daquela tragédia. Imagino mães, pais, amigos próximos, completamente inconsoláveis com tudo o que aconteceu. Com a inocência de jovens que simplesmente queriam se divertir. Simplesmente queriam curtir a noite, queriam se reunir, queriam festejar juntos a alegria de viver. Também imagino os bombeiros trabalhando na madrugada, tentando controlar o incêndio, socorrendo pessoas e resgatando corpos. Um relato que vi agora há pouco mostra que estavam comovidos com os celulares dos jovens tocando toda hora.

Agora, temos mais 233 anjos no céu. Anjos que poderiam ter ficado aqui na terra mais um pouco, mas, devido a algumas “falhas”, não ficaram. Como que aqueles seguranças fecharam a porta, e não perceberam as chamas dentro da Kiss? Como que, também, a Kiss estava funcionando, sem qualquer segurança? Como foi noticiado pela imprensa, a boate estava com a licença contra incêndios atrasada desde o mês de Agosto do ano passado. Isso prova que a fiscalização ainda é fraca.

O duro é que, muitas vezes, temos que ter tragédias para “acordar” as autoridades e alertar o povo. Para que todos aprendam, muitas vezes, muitas vidas têm que ir embora, principalmente de formas trágicas como a que vimos hoje. Se tudo fosse bem pensado, talvez, essas tragédias poderiam não terem acontecido.

Sinceramente, devo elogiar o papel de mãe da presidente Dilma. O povo brasileiro realmente precisava dela, como disse quando estava no Chile, há algumas horas atrás. Não somente ela merece elogio, mas, todos aqueles que, por amor, se arriscaram para salvar vidas e tiveram coragem de resgatar os corpos dos que já tinham partido. Os jovens que estavam dentro da boate também devem ser elogiados, pois, ouvi relatos de ajuda mútua entre eles. Também médicos, psicólogos e tantos outros profissionais, que trabalham nesse momento, são dignos do mesmo mérito.

Agora, com as consequências, será que alguma coisa vai mudar? Será que existirá mais fiscalização e responsabilidade? Ou mais vítimas terão que sofrer? É esperar para ver. Por enquanto, é hora de, ao menos, rezar pelas almas desses jovens e dos parentes e amigos deles, que tanto estão sofrendo. Também rezar por aqueles que sobreviveram, que terão de ter esse trauma pelo resto da vida.

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