terça-feira, 19 de julho de 2011

Reconciliação: uma forma de amar

Somos todos falíveis. Somos carne desta terra, e não há ninguém neste mundo, que não tenha errado, que não tenha magoado alguém, que não tenha feito alguma coisa de desagrado. Todos nós, absolutamente todos, já erramos na vida.

Embora errar seja uma atitude verdadeiramente desumana, é comum acontecer. Por isso, temos que aceitar os erros dos outros, pois nós também erramos. Como não vamos perdoar os outros, se nós também erramos?

E quem ama, quem ama de verdade, consegue enxergar no outro o erro. E o perdoa, e dá uma segunda chance, para que aprenda com o erro, aprenda a recomeçar. Quando somos perdoados, temos a chance de recomeçar. Mas, se vamos pedir perdão, devemos ter isso em mente.

Para merecermos a reconciliação, devemos primeiramente nos reconhecer como seres falíveis, seres que erram, que podem errar. E reconhecer, é claro, o erro. “O que eu fiz de errado? Por que isso é errado? Será que, da próxima vez, sabendo o certo, vou cometer esse erro novamente?” Provavelmente, sei que vai evitar.

E para reconciliar? Se quisermos reconciliar alguém, devemos primeiramente reconhecer-nos como seres falíveis, e reconhecer que o outro também é falível como nós. E pensar: “Não vou perdoar aquela pessoa, mas, será que eu também não tenho erros? Como eu vou não perdoar, se eu também, muitas vezes, tenho que pedir perdão? E mais: será que eu gosto dessa pessoa? Será que, perdoando, quero que ela recomece e aprenda o erro?” Um coração que perdoa, é um coração que dá segunda chance. E um coração que dá segunda chance, é um coração que ama.

O melhor fruto da reconciliação é a promoção da comunhão. Uma pessoa que não perdoa, passa a ser uma pessoa sozinha, uma pessoa que se diz “independente”. Mas, quando vem a necessidade da pessoa pela qual está brigada, sente-se mais sozinha ainda.

Por isso, se quisermos ter um mundo de paz, um mundo feliz, vamos promover a reconciliação. Vamos reconhecer que somos falíveis, e que o outro também é falível. E vamos dar uma segunda chance, pois, através dela, o perdoado pode mostrar que aprendeu o erro, e evitará de cometê-lo novamente, ao máximo.

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