segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A fronteira ética da ciência

É da essência do ser humano possuir uma fome insaciável pelo conhecimento. Tal fome ajudou na criação da ciência, ferramenta fundamental no auxílio da compreensão da natureza e na possibilidade de tornar mais fácil a sobrevivência de todos.

Através do fato do progresso científico ter ultrapassado inúmeras barreiras ao longo dos tempos, pressupõe-se que a ciência é ilimitada. Essa ideia torna-se um equívoco partindo exatamente do princípio do auxílio à sobrevivência.

Duas bombas atômicas lançadas sobre o território japonês ao final da Segunda Guerra Mundial são a prova da existência de uma fronteira que não deve ser ultrapassada em âmbito científico: o uso da ciência para prejudicar ou destruir. Até hoje, não há algum conhecimento científico que possa apagar do coração da nação japonesa a dor das perdas ocorridas naqueles tristes eventos.

Compreender a natureza é essencial para a criação de um mundo melhor. Entretanto, utilizar essa compreensão de modo negativo é a maior prova de que o uso da ciência sem limites éticos é o melhor caminho para a autodestruição.

Escrito com base no tema da redação da Fuvest 2009

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