quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Uma menina de ouro

Aline

Aline Sampaio. 12 anos, 6ª série. Talvez possa parecer uma pessoa simples. Não, Aline não era uma pessoa simples. Por trás daquele sorriso amoroso, estava uma grande mulher. Uma menina meiga, guerreira, e dedicada.

Ainda lembro quando conheci Aline. Era o ano de 2010, e ela fazia aulas de catequese. Foi por meio da Isabela, sua prima, que nos conhecemos. Ainda lembro quando voltávamos da catequese…

Aos poucos, fomos construindo uma grande amizade. Vi Aline crescer de estatura e graça. Quando quis se tornar coroinha, meu coração sorriu. Uma felicidade enorme! Uma grande menina estava servindo a Deus. Na sua primeira comunhão, então? Além de ter sido uma cerimônia maravilhosamente linda, vi que Aline estava radiante, neste dia tão feliz de sua vida.

Ainda lembro de quando ela me falava “calma”, quando estava nervoso. Ainda lembro da atenção que ela tinha comigo. Não somente comigo, mas, com todos, dando destaque a sua amada família.

No dia de hoje, Aline foi para um lugar maravilhoso, o lugar onde todas as pessoas amorosas e bondosas de coração vão um dia. Deve estar lá, radiante, diante do Criador. Na sua chegada, o Céu fez festa! “Mais uma salva! Desta vez, uma menina de apenas 12 anos, com espírito de uma verdadeira mulher. Uma verdadeira heroína, uma verdadeira lutadora”.

Talvez a morte não exista. Morte pode significar fim, acabou, já era! Mas, não. As pessoas nunca morrem, pois mais que Steve Jobs ressaltasse o sentido da morte como “a melhor coisa que já foi criada”. Segundo ele, de que adianta você querer a glória, se não quer a passagem para ela? Mas, lembremo-nos da oração de Francisco de Assis. Oração que diz: “E é morrendo que se nasce para a vida eterna”. Uma vida sem fim, uma vida realmente eterna.

“Até agora, Aline, a minha “ficha” ainda nem caiu. Não estou acreditando no acontecido! Senti em meu coração a sua vontade de vencer. Mas, lembre-se sempre de que um soldado pode vencer uma guerra de diversas formas. Você venceu indo para um lugar onde seus inimigos não mais lhe atrapalharão. Um lugar que garante que toda maldade do mundo está derrotada.

Na verdade, você vai fazer muita falta aqui na Terra. Precisamos de pessoas bondosas como você para tornar a vida mais divertida de ser vivida. É por causa de pessoas como você que temos vontade de viver. Mas, agora, você está aí, sorrindo, feliz!

Do fundo do coração, digo que te amo muito. Do mesmo tom que você já falou para mim. Não somente eu, mas, uma legião extensa de pessoas que te admiram, que sentiram o quanto foi bondosa. Nunca se esqueça de nós, Aline. Interceda por nós que estamos aqui. Que estamos aqui lutando, vivendo, amando, como você fez.

Esteja sempre com Deus, Aline!”

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ode ao Dia Mundial do Vegetariano

O mês começa com bom clima. Está ensolarado! Mas, também, começa com a comemoração do Dia Mundial do Vegetariano. Sim, hoje, todos os vegetarianos celebram o seu dia, bem diferente do Dia do Vegano, que é em 1º de novembro.

A vida vegetariana nunca deve ser entendida como uma vida fácil. Nós, vegetarianos, somos considerados estranhos por essa sociedade. “Ai, como você aguenta ficar sem comer carne?” “Nossa, acho que uma vida sem carne é uma vida estranha. Tem que ter carne!” Se perguntarmos a um vegetariano se, alguma vez na vida, ouviu algo assim, ele responderá de modo afirmativo.

O vegetarianismo não é e nem será uma dieta “estranha”. Por motivos filosóficos e éticos, também de saúde ou religiosos, muitas pessoas deixam de comer carne. Seja pelo sentido de abater um animal, seja pelo perigo que a carne traz à saúde, o vegetarianismo existe. Até mesmo Platão foi vegetariano!

Confesso que, depois que me tornei vegetariano, vi alguns amigos meus fazerem o mesmo. É como se fosse uma “conversão” do pecado para a graça, conforme nossas tão lotadas igrejas protestantes dizem… Também, posso confessar que minha cabeça está mais tranquila. Pensar que você é o culpado pela morte de tantos animais nos mais cruéis abatedouros, te traz um certo alívio.

Estes somos nós, vegetarianos. Diferentes, talvez “estranhos”, mas também homens que procuram tornar o mundo melhor. Pessoas que buscam fazer um mundo onde a paz reine, e a guerra acabe. Mesmo assim, esta guerra pode estar bem escondida, bem camuflada, longe da percepção de nossa inocência.